Eu estou tentando não me irritar com as pequenas incivilidades das pessoas, juro que estou, mas é tããããão difícil.
Você entra na fila do caixa no supermercado. No supermercado que você freqüenta, pra piorar as coisas, cada caixa tem uma baia - não cabe uma pessoa ao lado de um carrinho. A pessoa na sua frente descarrega o carrinho, vai ensacar as compras e deixa ele lá, na sua frente, ao lado da esteira, impedindo que você descarregue sua cesta pesada. Ela te viu ali com uma cesta pesada, é importante frisar. Você empurra um pouco o carrinho até ele ficar ao lado da maquininha de pagar, pra ver se ela se toca. Não. Ela entorta o corpo pra digitar a senha na maquininha, mas não tira ele de lá. O estacionamento de carrinhos fica a cinco passos dali, na porta. Mas ela pega seus sacos, sai por essa porta e deixa o carrinho lá, na baia, na frente do resto da fila.
O que passa pela cabeça dessa pessoa?
1) Ué, mas o carrinho só existe pra me servir. No momento em que deixo de precisar dele, ele some, *puf*, no ar... Não? Não é assim?
2) Não tá atrapalhando a mim. Se meu carrinho tá impedindo a passagem da pessoa, ela que empurre. Que que eu tenho com isso? Os incomodados que se incomodem. hUaHuAhUa
3) Há serviçais para isso. Há serviçais para tirar meu carrinho de supermercado da frente dos outros, assim como há serviçais para recolher o lixo que eu jogo na rua, catar a lata de refrigerante que eu abandono na poltrona do cinema e dar descarga nas fezes que eu deixo boiando na privada pública. Se não fosse a minha benevolência, que seria do emprego dos serviçais?
Sério, eu gostaria de saber. Pra evitar me irritar, eu fico repetindo o mantra
foi só desatenção, foi só desatenção, foi só desatenção, mas às vezes, como nessa vez, claramente não é.
Menina do all-star verde-água, YOU SUCK!