nervocalm gotas

24 de maio de 2008

Eu estou tentando não me irritar com as pequenas incivilidades das pessoas, juro que estou, mas é tããããão difícil.

Você entra na fila do caixa no supermercado. No supermercado que você freqüenta, pra piorar as coisas, cada caixa tem uma baia - não cabe uma pessoa ao lado de um carrinho. A pessoa na sua frente descarrega o carrinho, vai ensacar as compras e deixa ele lá, na sua frente, ao lado da esteira, impedindo que você descarregue sua cesta pesada. Ela te viu ali com uma cesta pesada, é importante frisar. Você empurra um pouco o carrinho até ele ficar ao lado da maquininha de pagar, pra ver se ela se toca. Não. Ela entorta o corpo pra digitar a senha na maquininha, mas não tira ele de lá. O estacionamento de carrinhos fica a cinco passos dali, na porta. Mas ela pega seus sacos, sai por essa porta e deixa o carrinho lá, na baia, na frente do resto da fila.

O que passa pela cabeça dessa pessoa?

1) Ué, mas o carrinho só existe pra me servir. No momento em que deixo de precisar dele, ele some, *puf*, no ar... Não? Não é assim?

2) Não tá atrapalhando a mim. Se meu carrinho tá impedindo a passagem da pessoa, ela que empurre. Que que eu tenho com isso? Os incomodados que se incomodem. hUaHuAhUa

3) Há serviçais para isso. Há serviçais para tirar meu carrinho de supermercado da frente dos outros, assim como há serviçais para recolher o lixo que eu jogo na rua, catar a lata de refrigerante que eu abandono na poltrona do cinema e dar descarga nas fezes que eu deixo boiando na privada pública. Se não fosse a minha benevolência, que seria do emprego dos serviçais?

Sério, eu gostaria de saber. Pra evitar me irritar, eu fico repetindo o mantra foi só desatenção, foi só desatenção, foi só desatenção, mas às vezes, como nessa vez, claramente não é.

Menina do all-star verde-água, YOU SUCK!

12 Comments:

  • Por nada no mundo eu consigo entender quem deixa lata de refrigerante e saco de pipoca dentro do cinema. Você vai ter que sair da sala. As lixeiras ficam na saída da sala. ... Né? !.

    Essas pessoas devem ter idade mental de três anos - "Mãããããe! Vem me limpáááá!" - só pode. Não güento mais essa falta de adulto no mundo.

    By Anonymous Anônimo, at 24 de maio de 2008 às 11:38  

  • Amém, amém, amém.

    By Anonymous Anônimo, at 24 de maio de 2008 às 13:32  

  • Não tá fácil, né? Essa manhã ainda vivi a cena: compromisso confirmado do outro lado da cidade, quando já estou praticamente chegando a pessoa liga cancelando. Assim, simples, como se os outros fossem bonecos com os quais a gente brinca. E no fundo é pra isso que as pessoas são preparadas, só dá pra lamentar e esmurrar a parede no cantinho. Dureza.

    By Anonymous Anônimo, at 24 de maio de 2008 às 16:26  

  • Obrigada, pessoas. É sempre bom saber que não estou sozinha nos meus aaaaargh com o mundo. A gente até podia fundar um movimento, mas acho que prefiro o rumo do eremitismo.

    By Anonymous Anônimo, at 24 de maio de 2008 às 18:40  

  • É nessas horas que eu queria ser A Feiticeira e fazer a pessoa sumir com o carrinho junto.

    Varinha de condão neles!!!!

    Beijos

    Alê

    By Anonymous Anônimo, at 24 de maio de 2008 às 18:50  

  • Ai, meu deus, então essa gente já está espalhada pelo mundo? Não é só por aqui... Putz, f*deu.

    Respire funda e siga, Bel...

    By Blogger Rozzana, at 24 de maio de 2008 às 18:54  

  • Nessas horas eu agradeco aos céus por morar na Alemanha, onde o povo só tem direito a carrinho de supermercado se pagar. Os carrinhos ficam todos travados num lugar e vc só consegue retirar colocando uma moeda de 1 euro. Pra reaver o seu euro, tem que devolver o carrinho de onde tirou... (Mas tem uma porcao de "incivilidades" por aqui tb... Como gente que larga o carrinho no meio do corredor do supermercado, atrapalhando a passagem. Ou as caixas de jogam as suas mercadorias, depois de registrar o preco...) Minha alegria é o caixa self-service, pena que nao existe em todos os supermercados!

    By Anonymous Anônimo, at 24 de maio de 2008 às 19:06  

  • Uma vez vi um quebra-pau no Dia por causa disso. Um senhor recolheu o carrinho que um casal muito grosso deixou exatamente do jeito que você descreve, e o "marido" ainda ficou ofendido e começou a bater boca... A mulher pensava isso mesmo, que teria serviçal pra ir lá buscar.

    É tipo briga no jardim de infância mesmo. Se bem que criança não é tão tosca.

    Mas tem outra coisa também, né. Como é que colocam esses carrinhos gigantescos nuns supermercados onde quase não existe espaço entre as prateleiras? Devia ter só minicarrinho ou cesta. Não educaria a porcada, mas, né.

    By Blogger Alechandra com X, at 24 de maio de 2008 às 21:35  

  • Ih, supermercados... barracos me perseguem.

    O que me deixa aborrecida todos os dias é abrir e porta de casa e me deparar com a porta da lixeira aberta. Ainda não descobri quem é a criatura mal-feitora do meu andar mas tenho fantasias vingativas.

    By Anonymous Anônimo, at 24 de maio de 2008 às 22:05  

  • oh, sweetie, não sofra tanto, você mora no país dos incomodados que se retirem.

    By Blogger la vache qui rit, at 25 de maio de 2008 às 15:19  

  • Ai, Camila, que inveja. Uma vez eu li que os suecos, quando chegam num estacionamento meio vazio, param nas vagas mais afastadas. O raciocínio é: cheguei cedo, posso andar um pouco mais; quem chegar mais em cima da hora vai precisar parar mais perto. Pode nem ser verdade, mas eu quase chorei de emoção. Minha cabeça funciona desse jeitinho. Foi um momento "Encontrei meu povo! ET phone home!"

    E carrão em pequenomercado mal-diagramado é fueda mesmo.

    By Anonymous Anônimo, at 25 de maio de 2008 às 19:21  

  • por quê, senhor, por quê?...
    me solidarizo em gênero, número e grau.

    By Anonymous Anônimo, at 26 de maio de 2008 às 17:06  

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