nervocalm gotas

30 de junho de 2008

Sonhei que meu teclado estava sangrando.

28 de junho de 2008

Ai, dúvida cruel: cinema de gente com cópia dublada ou cinemark de xópim com cópia legendada? A escolha de sofia, isso.

...

Pronto, fui ver hoje (terça-feira) no xópim e tinha umas 20 pessoas só no cinema. Mas sei lá, quando começa a coisa do "o cara conhece a maior gata e juntos vão viver altas aventuras e loucas perseguições", esses desenhos sempre perdem o encanto pra mim. Eu preferia um curta só com o Wall-E, só.

Vocês sabiam que acho Babe, o Porquinho uma obra-prima? Vá se preparando, Catarina.

Atentem atentamente para essa pérola publicitária que ocupa duas páginas inteiras no jornal de hoje. Tá em caxalta, mas vou poupar vocês.


De um lado, o parque do Ibirapuera.

De outro, um design encantador.

No meio, a sua vida.


Tá. Perceberam, né?

'Sua vida', pelo visto, é na rua.

Segue um

Venha conhecer o apartamento-modelo decorado
no endereço tal tal tal.


Será que ninguém na agência viu que isso virou um convite aos mendigos?

Ai, ai, ai, minha santa paciência torradinha. Dá vontade de cancelar a entrega do jornal aos sábados. Faz tempo que quero escrever sobre esses anúncios de empreendimentos imobiliários, principalmente os que vendem parque e vista. Depois.

...

Bolops ilustrou.

26 de junho de 2008

Despertar deprimente eu tive hoje.



Tudo acompanhado de muitos gritos, muitos gritos e urros, junto com o barulho da motosserra. Cada galho que caía era comemorado.



Não sobrou nada, derrubaram até o tronco.



Dá vontade de chorar.

24 de junho de 2008

Meu novo programa preferido e o trabalho ficando pra depois.

O blog também.

19 de junho de 2008

pensando alto

Minha mãe sempre fala que a vida precisa de fantasia (geralmente depois de eu falar que não me vejo fazendo o circuito Papai Noel - Coelho da Páscoa com um possível futuro filho). Minha mãe também calha de ser uma pessoa bastante cética, pelo menos no que tange a fantasias de todo tipo. Será que as duas coisas estão ligadas?

Sou uma pessoa cética como a minha mãe, embora bem mais iconoclasta. Fantasia nunca foi a minha, acho chato e pomposo, me repele. Eu tenderia a ligar essas duas coisas, mas posso estar enganada.

Toda a família me olha torto quando eu digo aquelas coisas ali do parêntese, como se eu estivesse teimosamente decidida a negar alegria e diversão ao meu possível futuro filho. Isso me entristece, às vezes. Eu não gosto de fantasia, mas adoro nonsense e amo nós lógicos. Na minha vida, não conheci nada mais alegre e divertido que as longas conversas nonsênsicas que eu e o pai do meu possível futuro filho travamos. Minha lista de motivos pra ter filho é bem pequena, mas o único item que realmente me balança é a perspectiva de ter um terceiro colaborador nessas longas conversas nonsênsicas. Quando imagino essa familinha, eu imagino alegria.

Gentem, respondam um teste de vocabulário pra mim?

Se eu digo a vocês "João chegou no escritório soluçando",
o que vocês entendem que está acontecendo?

Obrigada.

18 de junho de 2008

As empadas do Rancho estavam boas de novo hoje.

Obrigada, mundo!

17 de junho de 2008

medo

joined: may 20
videos watched: 1002

!


update: esse número só pode estar errado, ufa, porque vi mais uns 15 vídeos depois disso e ele só marcou 2. ã.

16 de junho de 2008

14 de junho de 2008

outros papeiam no escritório
na hora do cafezinho


Estou tomando Nescafé. Eu odeio Nescafé.
E no iutube toda uma descortinância.

13 de junho de 2008

instintos assassinos ao raiar do dia

Ranhoel Imbecitz, bolsista integral de um curso particular de Artes Visuais, formou uma quadrilha de 40 bestalhões pra ajudá-lo no seu projeto de conclusão de curso: pichar o prédio inteiro da instituição por dentro e por fora para "discutir os limites da arte". Ao ser preso, gritou "olha aí, isso é um artista sendo preso".

Se não obrigarem essa anta picareta de merda a pintar tudo sozinho com material pago do próprio bolso, eu vou ter um treco dos nervos, minha gente.

Não há classe de gente que me desperte mais ódio que a dos pichadores, lixos que dedicam sua vida a enfeiar o mundo. Argh!

Dá um tiro na testa, Imbecitz, por favor, pra provar até onde vai seu compromisso com a arte.

Quando a pessoa é depressiva e também preguiçosa, tem-se um grave problema de atribuição de culpa pelo abandono geral das coisas.

Este post foi um oferecimento da bagunça da minha casa. Obrigada.

12 de junho de 2008

Quando comecei a usar internet, cada dia eu inventava um nome doido diferente. Era uma das grandes graças da coisa, e continua sendo pra mim. Mas estou vendo que pelo menos os brasileiros estão abandonando os screen/nicknames e assinando cada vez mais com o próprio nome ou o apelido do próprio nome. Já vi até gente falando que nomes doidos fazem os outros, os que vão se dirigir à pessoa do nome doido, se sentirem bobos. Nhé, eu não tenho esse problema, não. Talvez por sempre ter sido uma Bebel. Eu me dirijo às pessoas do jeito que me são apresentadas - Carlão*, Puppy*, Rocha Alcântara*, tanto faz - e não me sinto nem boba, nem importante, nem coisa alguma. Que idéia!

Tem também aqueles que esbravejam contra a 'covardia' do anonimato na internet. Ai, ai, desânimo. Eu já sugeri atualizar o velho chavão 'discutir o sexo dos anjos' pra 'discutir o anonimato na internet', que dá no mesmo. Este parágrafo vai ser curto, portanto.

Mas! Agora me viciei em ver discussões elevadas de alto nível filosófico no iutube e me alegra ver que, lá, os nomes doidos continuam firmes e fortes:

"Oi, esta é uma resposta do CapitãoSuperMassa ao vídeo da GalinhaAmarela2000 sobre as cem perguntas inteligentes que todo ateu prêmio nobel de ciência deve se fazer diante das provas divinas de que o universo tem seis mil anos. Primeira: o eletromagnetismo no DNA dos fósseis de dinossauro..."

É bom saber que a brincadeira continua. :)

*os nomes foram alterados para preservar o anonimato dos personagens

Quarta-feira é o dia mais chato no Brasil.
Ou noite, mais precisamente.

10 de junho de 2008

Uma vez vi um programa no Animal Planet sobre um homem que morava num santuário de animais selvagens e cuidava do elefante. Só do elefante. Levantava, lavava o elefante, dava comida pro elefante, passeava com o elefante, conversava com o elefante, nadava com o elefante, passeava mais com o elefante, filosofava com o elefante, todo dia. Ele morava dentro da reserva numa cabana. Nas horas vagas, fazia punhais e polia a moto. Nas raras vezes em que saía de perto do elefante, pegava a moto e andava sozinho pela estrada, parava nalgum topo de morro, sentava e ficava olhando.

Eu nunca na minha vida quis com tanta força ser outra pessoa.

Vocês acham que a Jolene roubou ou não o macho da Dolly Parton? Ou do Jack White, né? Vai da preferência de cada um.

9 de junho de 2008

Vez em quando, do nada, me vêm as músicas da escola católica na cabeça. Tô lá passando o aspirador e "minha caminhada pela vi-des-cu-ra, quase sempre é fuga rumo a e-ma-ús". Que diabo é emaús, aliás? Não, não precisam responder, eu sei que tem no google. Aspirando e cantarolando "vem comigo, Cristo, fala mais-es-cu-ra, parte o pão, Francisco, e te verei Je-sus!" Catchy.

8 de junho de 2008

O alívio que este segredo me deu...




My food snobbery alienates me from my fellow human bloggers.

7 de junho de 2008

Ó, não é ruim, não, ficar no banheiro ouvindo música, dançando, cantando e desfiando o cabelo com a gilete. É uma forma até bem legal de passar uma hora numa tarde de sábado. Principalmente quando o resultado capilar fica fofo e tal, modestamente. :)

6 de junho de 2008

Ã, é uma dúvida sincera de um mistério que me atormenta. Por que casacos de lã ou linha guardados por muito tempo ficam com cheiro de vomitinho? Ou são só os meus?

Sabe quando o povo volta de uma visita a certos países, geralmente da Suíça, dizendo: "Nossa, mas o povo é muito frio! Só responde o básico, não é simpático, nem se encosta. Fora que faz tudo certinho, até na calçada tem lado certo de andar, não tem um papelzinho na rua... Ah, é muito frio, muito chato."?

Pois é, meu sonho.

4 de junho de 2008

coisas que as pessoas falam
(especial pra minha irmã)


Moça escolhendo cebolas no supermercado com a filha bebê no carrinho. Vem velhinha.

- Ôôôôôôôôôôôô, mas que neném bonito! Ôôôôô! Meus parabéns, viu? Meus parabéns. Oi, bonitinha! Que coisinha linda, hein? E pensar que tem gente que joga pela janela. Meus parabéns, viu? Deus te abençoe, filha, te dê tudo de bom.

Pros descrentes que entendem inglês e são pessoas muito éticas e ficam um tanto quanto putíssimos quando os crentes querem seqüestrar somente pra si a moralidade e a ética: isso.

(mais uma tentativa mal disfarçada de achar gente parecida comigo. pelo menos o pat condell parece.)

3 de junho de 2008

child, things don't work quite that way

Ho ho ho, vendo fotas de pessoas jovens e juntas e felizes, me lembrei de uma coisa muito engraçada. Quando eu era criança, eu vivia dizendo que queria fazer logo 17 anos "pra sair com meus amigos". Rá. É nessas horas que eu beberia, se eu bebesse.

(enxuga as lágrimas e faz pose de blasé)

2 de junho de 2008

Foi só eu elogiar, foi só eu declarar meu amor, que o Rancho da Empada me decepcionou. Bopla trouxe umas pra mim outro dia, e os recheios, que sempre foram dignos e pedaçudos, vieram papa insossa de maisena com um fiapo ou outro de frango e palmito lááááá longe, como quase todas as empadas chulés desse mundo droga.

Quase chorei.

Sei que tenho que dar outra chance. Vai ver, não houve entrega aquele dia. Vai ver, o cozinheiro faltou. Vai ver. Mas otimismo não é comigo. Acho que mais uma coisa boa morreu.

Muitos tempos atrás, eu amava a pizza vegetariana do Ráscal. Era a pizza mais perfeita de todo o universo. Cada fatia transbordava de pimentões vermelhos e amarelos, berinjelas, abobrinhas, tomates e escarolas, nem se via o queijo. Cada fatia uma fartura de tudo que existe de mais gostoso e colorido nessa vida. Uma noite fui lá e me serviram uma tripinha de pimentão numa fatia, um quadradinho de berinjela numa outra, uma abobrinha mortinha num terceiro canto, aquela desolação. Nunca mais voltei, não tive coragem. Constatar que coisa tão bela não mais existia seria demais pro meu coração. Preferi ficar com a lembrança. Faz mais de cinco anos que dou a pizza perfeita do Ráscal como morta. RIP. Chuif.