nervocalm gotas

30 de março de 2008

teste, som, um dois três

Um pouco a propósito da lengalenga abaixo, outro dia topei na internet com uma receita de milho assado light. Mais alguém acha isso hilariante, ou sou só eu? Ai, me sinto tão sozinha às vezes...

29 de março de 2008

Se eu mandasse no mundo, vetaria a palavra vegetariano pra maioria dos vegetarianos. Só seria chamado de vegetariano quem prefere comer verduras, legumes e frutas porque ama. É, uma coisa assim bem romântica. Deixar de comer carne não basta - esse é um não-carnívoro. Deixar de comer carne e passar a comer só meia dúzia de plantinhas conhecidas feitas da maneira menos inspirada possível também não se qualifica - esse é um coitado. Deixar de comer carne pra comer hambúrguer de soja, peru de tofu e feijoada de plástico, nem precisa falar. Deixar de comer qualquer coisa animal, não fazer proveito dos vegetais e recorrer a substitutos e suplementos e comida sintética, aí, já é caso de doença, francamente.

De coração, eu sou uma vegetariana, porque legumes e verduras são o meu amor. (entra musiquinha brega) Eu detesto ver a palavra vegetariano seqüestrada por gente que simplesmente não gosta de comida ou rejeita as comidas que vêm da natureza. Gente que prefere, por exemplo, comer margarinas-frankensteins a manteiga. Sabe manteiga? É vaca, leite, bate bate, manteiga. Sabe margarina? É uma porção de químicas desenvolvidas em laboratório pra imitar a manteiga. Pausa para refletir. Já viram receitas vegan de bolo, pão, etc? Tem lá um pó substituto de ovo. Pensem numa galinha, plop, sai um ovo. Comparem com um pó químico feito de corante, estabilizante, conservante, sal, goma da putaquepariu desenvolvido em laboratório pra imitar um ovo.

Não vê problema nenhum? Ótimo, mas não diga que segue uma dieta vegetariana; você segue uma dieta sintética.

Pior ainda é ver o """vegetarianismo""" defendido por gente que fala as maiores parvoíces do planeta. Tipo carne apodrece no estômago, carne demora 5, 10, 20 anos pra ser digerida, o dna da vaca que você come entra no seu dna, se não resistir a uma carninha de vez em quando, embrulhe-a numa folha de alface pra enganar o estômago. Vergonha alheia e raiva da apropriação indébita.

Eu entendo as pessoas que param de comer carne porque não aprovam a forma como se tratam e matam os bichos. Mas eu os chamaria de não-carnívoros, o que inclusive favorece a causa, e deixaria o vegetarianos pra quem de fato aprecia os vegetais.

Esse post foi inspirado por umas besteiras que eu ouvi por aí e pelo cheiro de cebola, pimentão, cenoura, tomate, alho e berinjela com azeite e tomilho fresco assando lentamente no meu forno.

27 de março de 2008

Melhorô.

26 de março de 2008

Musiquinha pra me deixar calminha, dar uma choradinha, tal.

(com título errado)

24 de março de 2008

Um grande mito desta vida é o de que as grandes obras do pensamento nascem de cabeças deprimidas e de que os artistas jururus são os que mais produzem e produzem melhor. Nananina, pura besteira. Depressão é improdutiva. Esses aí são bi-po-la-res.

Dito isto, dormi 11 horas de ontem pra hoje e ainda assim não foi suficiente.

Shoot. Me. Now.

23 de março de 2008

Que mané curso de computação, filosofia e línguas nos colégios? O que o ensino básico precisa urgentemente é de um curso de silêncio contemplativo. Não vai dar certo, estou avisando, quando uma geração inteirinha de crianças crescer aprendendo com os adultos desagradáveis de hoje que todo segundo da existência sua e alheia tem que ser preenchido por som e entretenimento. Não vai dar certo. No dia em que o silêncio morrer de vez, vai ter gente se matando na rua por arrancamento de cabelos a dez por cem. O que não seria de todo mau, também, mas a que preço!

20 de março de 2008

Gente, o mundo é mesmo das pessoas desagradáveis, burras e barulhentas? Sempre foi ou tá ficando?

(a Joni Mitchell tá aqui cantando que i really don't know life at all)

grandes mistérios da humanidade

Por que é que quando a gente topa com um blog cheio de pompa e gongorismos e o quão, ele invariavelmente é escrito por um menino de vinte e pouquinhos anos?

Por que é que os bons blogs de meninas brincam muito, mas muito mais com a linguagem?

19 de março de 2008

coisas que me confortam na interneta
(mas me ativam a melancolia também)


Eu estou apaixonada por pelo menos três pessoas no Flickr atualmente. Não pelas pessoas em si, claro, mas pela vida que elas levam.

É como ficar olhando janelas, coisa que eu sempre adorei, só que com muitos mais detalhes. A luz alheia sempre me parece mais quentinha.

coisas que me irritam na interneta
(profundamente)


Site com música. Por favor, não façam site com música. Ou pelo menos não façam a música tocar automaticamente. Me mata.

Site que põe o conteúdo dentro de uma janelica com barra de rolagem no meio da tela. Se mata.

(Aliás, ontem fui entrar no site de um restaurante bom, de que eu gosto e onde quero levar meus pais no fim de semana vindouro. Além de ser do tipo acima e de abrir tão minúsculo no firefox que ficava impossível de ler, o nome do restaurante estava escrito aSsIm. Meu, não encomenda o site do seu restaurante pro seu sobrinho de 16 13 anos, tá? Pega mal.)

Site que desabilita os control+ e te manda aquela mensagem arrá! pensou que podia me copiar, né? te pegueee-ei! e mostra a língua. Não, imbecil, eu não queria te copiar, sua besta. Eu queria dar um control+F pra procurar uma palavra nessa sua página enorme, confusa e malfeita, sua anta retardada.

Só isso, por enquanto.


mais:

Também odeio aqueles links pula-imagem puta-susto mencionados pela RainRay nos comentários.

Não gosto de comentários que não são em pop-up. Não chega a me irritar, mas não gosto. Desculpa aí quem usa.

Não gosto dos comentários do blogger por uma porção de motivos, mas o mais pô, gente, é que muitos de vocês assinam com a identidade do blogger, mas têm perfil secreto. Aí, a gente vai lá toda feliz, clica no nome pra ver quem é a pessoa, retribuir a visita e coisa e tal, e, bum, profile not available. Eu abri meu perfil só pra não fazer isso com as pessoas. Quando dá, assino com o nome do blog, sem link, e quem quiser que me procure. Mas assinar com link pra lugar nenhum é maldade, né?

17 de março de 2008

Confissão: eu gosto daquela música do Kiko (cá-i-cá-o-...) Zambianchi. Lembrei por causa do mas só chove chove chove chove. Ou porque é a lama, é a lama.

Alguém aí quer me dar uma dica de ginecologista em São Paulo? Mais de oito anos morando aqui e ainda não tenho um/a. Eu já ia abrir o livrinho do plano pra tentar a sorte mais uma vez quando lembrei que tenho este mural do desamparo aqui à disposição. Quem sabe? Tentar a sorte por tentar a sorte... Obrigada.

16 de março de 2008

Self-loathing in São Paulo.


poema em minha homenagem:

There once was a girl
who was made out of junk.
She looked really dirty,
and she smelled like a skunk.

She was always unhappy
or in one of her slumps -
perhaps cause she spent
so much time down in the dumps.

The only bright moment
was from a guy named Stan.
He was the neighborhood
garbage man.

He loved her a lot
and made a marriage proposal,
but she'd already thrown herself
down a garbage disposal.


(junk girl - tim burton)

12 de março de 2008

Eu e Bolops brincamos às vezes com as pessoas: "Ih, mas nós somos muito chatos. Vocês nem imaginam que vida chata nós levamos. Uma pasmaceira só. Sério, somos as pessoas mais chatas do universo, você nem imagina." E a gente se olha e ri.

Mas outras vezes eu me dou conta de que é verdade. Grande parte disso é verdade. A gente se basta, cada um sozinho, e a gente ri muito um com o outro, mas é nesse mesmo se-bastando confinado. Fora isso, eu vejo que a chatice é real. E aí fico melancólica. O que me deixa mais chata ainda.

É muita gente viva e curiosa e fazendo coisas ao meu redor (=na tela do computador). Por que é que eu nunca fui assim?

8 de março de 2008

One day you're in, one day you're out. Of spirits.

Eu não consigo mais chorar com tanta facilidade.

Thank you very much, velhice.

All this buttoning and unbuttoning.

7 de março de 2008

Estou vendo a quarta temporada do Project Runway no iutube, porque PR é a única coisa de que eu realmente sinto falta na televisão, gentes. Tim Gunn é de uma lindeza que eu nem consigo expressar. Ele aquece meu coração. Eu queria ter um despertador que me acordasse com a voz dele. Mais vinte frases derramadas. Pronto.

Então que uma das concorrentes disse a vida é muito curta pra usar roupa feia, e eu achei graça, porque tenho uma variação de estimação também: a vida é muito curta pra comer comida ruim (ou a vida é muito curta pra comer no McDonald's, dependendo da hora). E pra vocês, a vida é muito curta pra quê?

[Lembrando aqui que eu não acho a vida muito curta, não. É só pra manter o clichê. Pra mim ela é até muito da comprida, dull slow and painful, e já deu, sinceramente.]

E! Não cri que um concorrente do American Idol cantou uma música do Leonard Cohen! Isso confirma, irmã, a candidatura dele a meu crush da vez, sorry. É, é, também estou vendo American Idol no iutube. Fora isso, estou sem televisão, eu juro.

6 de março de 2008

Toda vez que eu via um filme, eu ia pro rotten tomatoes depois ler as críticas. Agora, além do rotten, vou pro imdb ler os fóruns. Porque, né?, boo-hoo, elesbão, etc, tenho que ler as conversas dos outros. Não vamos nem entrar no mérito da qualidade dos freqüentadores dos fóruns do imdb. É triste, eu bem sei, mas a gente chupa o limão que tem.

No domingo, fui ver o filme romeno dos 4 meses, 3 semanas e bolinhas, que por milagre continuou em cartaz todo esse tempo me esperando sair de casa. Toda hora ele volta na minha cabeça e toda hora que ele volta na minha cabeça eu volto pros fóruns do imdb. Enfim, não tenho ânimo pra escrever uma crítica longa e legal. Só vou falar mesmo que este filme tem a cena mais aflitiva e "socorro me tira daqui não agüento maaaaais!" que eu já vi na vida. E não é a da negociação, nem a do fechamento do negócio, nem a do aborto, nem de seu produto. É a cena do jantar. Palmas pro diretor por essa cena. Todo meu respeito. Fantástico. Quase me matei no cinema por afundamento em poltrona.

jogo dos quantos erros

Moleque de 8 anos passa no vestibular. Faculdade efetua a matrícula, mas recusa o ingresso dele. Pais prometem entrar na justiça pra que o rebento curse Direito. Pai: "Ele mostrou no vestibular que tem condições de participar do curso." Mãe: "É um sonho dele e vamos correr atrás."

(tinha a palavra 'antas' neste post, mas eu tirei)

5 de março de 2008

De volta aos passaneuros, mas sem saber por quê.

4 de março de 2008

Gente, qual é o apelo de ir a um show? Não é melhor ficar ouvindo as musiquinhas sozinha, na hora, ordem e altura que você quiser e na santa paz do seu lar? Eu sei que tem gentes que adoram show e não são chegadas em outras gentes, então, pra elas, o apelo não pode ser a farra e a multidão. Qual é, então? Curiosidade verdadeira.

É que eu gosto do Bob Dylan, sabe?, mas não me abalaria pra ver um show dele nem de graça. Por mil e um motivos ou, vá lá, cinco. Talvez, muito talvez, eu me animasse pra ver o Tom Waits ao vivo, mas só se fosse sentada num teatro.

3 de março de 2008

Leiam a seguinte sinopse e respondam a pergunta.

A vida de Beltrana está longe de ser como ela sonhou, já que a moça está insatisfeita com um casamento sem graça e ainda tem que cuidar sozinha de uma filha pequena e cheia de energia. As coisas mudam, no entando, quando ela experimenta o gosto da traição na cama do bonitão Fulano. Fulano teria a vida perfeita, já que é casado e sustentado por uma mulher belíssima. Mas falta algo, um tempero diferente, que ele acaba encontrando em Beltrana.

Qual é o gênero do filme?
a) Comédia da sessão da tarde. Altas confusões.
b) Pornô soft das madrugadas da Band.
c) Comédia romântico-gastronômica. Beltrana é cozinheira.
d) Drama com crítica de costumes pra ganhar Oscar.

Obrigada.

A desvantagem de ter um fim de semana tradicional, sem nem uma horinha de trabalho, é que dá aquele bode de domingo, né? Sendo bode, aqui, eufemismo pra ataque de ansiedade, taquicardia e vontade de chorar. Fazia séculos que eu não tinha essa agradável sensação.

Ou vai ver é só meu computador dando mostras de que não vai durar muito.