nervocalm gotas

26 de julho de 2008

Uma grande desvantagem de ser tradutora é que você está sempre muito ciente de que uma mesma coisa pode ser dita de maneiras diversas e esse excesso de opções é um tormento. Você começa a editar em pensamento até as trocas cotidianas, tudo que acabou de falar ou de escrever, sempre achando que podia ter sido melhor e mais claro. Ou será que é só comigo?

25 de julho de 2008

Fiz uma visita-relâmpago a Brasília entre quarta e quinta e quero mandar um recado aos comissários de vôo. Caros comissários de vôo, ao ver um passageiro com material de leitura na mão, não vá acendendo automaticamente aquele holofote branco brilhante em cima dele. Parta do princípio de que ele sabe o que está fazendo ou pergunte antes: "Caro passageiro, gostaria de mais luz?" Vamos evitar olhar um pro outro com cara de "grosso!/a!" quando seu dedão vai direto no botão de acender e o meu sobe imediatamente depois pra apagar. Obrigada.

23 de julho de 2008

Entre meus iutubers preferidos estão uma moça que tira sarro de literatura e panfletos cristoloucos improvisando musiquinhas engraçadas e um moço que fala de moralidade versus religião com uma lógica cristalina. Ela é stripper, ele é cantor e ator galãzinho, recém-saído do novelão General Hospital. Preconceitos tuntuntum escada abaixo e muito mais gente legal no mundo do que eu pensava. Te amo, iutube.

22 de julho de 2008

Outra coisa que eu fiz hoje, essa pela segunda vez, foi esta receita do Orangette. Você não dá nada por ela a princípio, mas é uma delícia. Abre a lata de grão-de-bico, deixa escorrer, põe numa tigela e mistura com azeite, suco de limão e queijo ralado. Só e nham. Colocando uns macarrõezinhos também, nham dobrado.

Grande emoção, estou fazendo babaganouj! Acabei de tirar as berinjelas do fogo, do fogo mesmo, direto da chama. Lindeza.

(tomara que as berinjelas não estejam bichadas)

...

Não estavam bichadas, e o baba já está pronto. Como é bom! E como é fácil! Como é que eu nunca fiz babaganouj antes?

21 de julho de 2008

hungry like the wolf

Estou querendo fazer um outro blog chamado alguém explica?. Eu copiaria argumentos de discussões que leio por aí e nos quais não enxergo nexo nenhum e ficaria esperando alguéns se aventurarem a explicar a lógica pra mim.

20 de julho de 2008

na era da ofensa fácil

Nunca baixar a cabeça por ter causado reações irracionais. Nunca pedir desculpas à irracionalidade. Nunca se policiar porque ela existe. Acho que é uma boa regra geral pra hoje em dia, que nem precisa entrar no mérito direita e esquerda, religião e secularismo, preconceito e tolerância, patati e patatá. Não dar chance, nunca, à irracionalidade, por mais fácil que ela se melindre. Senão, estamos fritos.

18 de julho de 2008

Ho ho ho, o pichador não se formou. Adorei. Bopla disse que ele será o artista mais famoso daquela turma. Eu tapei os ouvidos e fiz lalalá pra não acordar meu apocalismo, mas a verdade é que bem pode ser verdade. Povo adora idolatrar um picareta.

Hora da ofensa: de que obra-prima da picaretagem a pessoa abaixo está falando, colocando magistralmente em palavras tudo que eu senti durante e depois da sessão?

Man, everyone loves this film. I am so wary, because my hatred for ___ knew no bounds. Just the thought of that film makes me viscerally angry. Gack.

"Well, while its fair to say [film #2] is very different to ___, there are a few similar themes."

Are the characters one-dimensional set-pieces who keep repeating, heavy-handedly, what they symbolise in the film? Is the music weirdly portentous when nothing interesting is happening? Does everyone chew the scenery like a maniac? Are the camera zooms distracting and annoying? Are the themes so obvious that you feel like [the director] is thumping you over the head with a Big! Wooden! Meaningful! Mallet! of Importance! Is it leaden and humourless? Because... yeah.


Sempre tive uma raiva visceral, como ela diz ali, de charlatães. Sempre.

17 de julho de 2008

É só ouvir "alho, gengibre e cebolinha" que minha boca instantaneamente enche d'água. Um fenômeno.

Sodoma e Gomorra é que nem Sandy e Júnior.
A gente sempre acha que é uma coisa só.

16 de julho de 2008

Acho tão bonita The Look of Love cantada pela Dusty Springfield... É talvez a letrica de amor mais bonita que tem.

oi, sou formada em comunicação

Duas coisas que dantes não havia hoje se acumulam na minha vida: posts não publicados e comentários não enviados. Falta a prática da troca. Minha boca inveja meu ouvido.

15 de julho de 2008

Man, i love the 70's.

13 de julho de 2008

ofensa! ofensa religiosa!

Car-re-a-ta de Nossa Senhora do Carmo (é um m, meus caros párocos, não outro r). Musiquinha monótona invocando alegria. Padre montado num carro de som abençoando o ponto de táxi, o pessoal do posto, a padaria "que faz o pão tão gostoso" e todos os moradores da minha rua. Eu preferia minha parte em silêncio, hein, seu padre. Depois da bênção, um grito de "buzinaaaaaço!", e as quinze-vinte ovelhas motorizadas obedecem.

Fiz um vídeo blasfemo estrelando meu dedo médio enquanto a carreata passava, mas não vou mostrar aqui, pra vocês não acharem que ofensiva sou eu.

12 de julho de 2008

Respondi uma pesquisa outro dia que tinha uma pergunta interessante e fiquei curiosa pra saber as respostas dos outros. Quem quer ser legal e responder nos comentários? A pergunta é:

Você preferiria ganhar uma competição
1) contra outras pessoas
2) contra um relógio
?

mais coisas que eu amo
amo, amo, amo


Nomes de produtoras de cinema.

9 de julho de 2008

coisas que eu amo encontrar

Frases de efeito involuntariamente anticlimáticas.

8 de julho de 2008

"Why people are drawn to the irrational is something that has always puzzled me. I want to be as sure of the real world around me as is possible. You can only attain that to a certain degree, but I want the greatest degree of control. I've never involved myself in narcotics of any kind, I don't smoke, I don't drink, because that can easily fuzz the edges of my rationality, fuzz the edges of my reasoning powers, and I want to be as aware as I possible can."

James Randi, meu velhinho vivo preferido junto com o Dr. Kevorkian.

7 de julho de 2008

críticas incompreensíveis

Aí vi Noise, depois de ter lido sobre na Cynthia e na Salon, e que pena. Não só por ter desperdiçado um tema que hoje em dia me é caro, mas porque, ao escrever sobre si próprio, o roteirista não se segurou, e quando homem não consegue disfarçar suas fantasias, coisas ridículas acontecem.

4 de julho de 2008

Gente, desculpa aí, mas eu nem quero fazer mais blog, tá? Só quero ficar no iutube. Ontem no fim da noite, depois de um dia inteiro sem internet, pude correr de volta pra lá e tinha vídeo novo na minha lista de subscriptions e aaaaah! um deles pôs minha fotinha junto com outras várias fotinhas que compõem a comunidade. A comunidade me acolheu, tá?, [cof], é muita emoção. Tchau, fiquem bem, até um dia.

3 de julho de 2008

Nossa, como é produtivo um dia sem internet, apesar da sensação de fim de mundo.

1 de julho de 2008

Por que tantos filmes infantis fazem tanto esforço pra inspirar compaixão nas crianças? Todo personagem principal *que não é humano* vai sofrer, vai sofrer muito, pra você morrer de pena e chorar. Alguns vão às raias do absurdo. Aos 32 anos de idade, juro pra vocês, eu não conseguiria rever um filme do Benji, tamanho é o trauma. Por que inspirar pena é assim tão importante?

Por que filme infantil tem que ter casal apaixonado? Que interesse isso tem pras crianças? Em Mary Poppins, tem uma seqüência romântica insuportavelmente chata de quarenta minutos! E até robô, jura mesmo, tem que se apaixonar? Não, não acho que Wall-E e outros filmes de animação sejam infantis per se, mas se paixonite de robô é chata pra criança, imagina então pra adulto.

Amor e dó. Tem outro viés não?

(tem, claro que tem, estou cansada de ver)