Por que tantos filmes infantis fazem tanto esforço pra inspirar compaixão nas crianças? Todo personagem principal *que não é humano* vai sofrer, vai sofrer muito, pra você morrer de pena e chorar. Alguns vão às raias do absurdo. Aos 32 anos de idade, juro pra vocês, eu não conseguiria rever um filme do Benji, tamanho é o trauma. Por que inspirar pena é assim tão importante?
Por que filme infantil tem que ter casal apaixonado? Que interesse isso tem pras crianças? Em Mary Poppins, tem uma seqüência romântica insuportavelmente chata de quarenta minutos! E até robô, jura mesmo, tem que se apaixonar? Não, não acho que Wall-E e outros filmes de animação sejam infantis per se, mas se paixonite de robô é chata pra criança, imagina então pra adulto.
Amor e dó. Tem outro viés não?
(tem, claro que tem, estou cansada de ver)
Por que filme infantil tem que ter casal apaixonado? Que interesse isso tem pras crianças? Em Mary Poppins, tem uma seqüência romântica insuportavelmente chata de quarenta minutos! E até robô, jura mesmo, tem que se apaixonar? Não, não acho que Wall-E e outros filmes de animação sejam infantis per se, mas se paixonite de robô é chata pra criança, imagina então pra adulto.
Amor e dó. Tem outro viés não?
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6 Comments:
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By Anônimo, at 2 de julho de 2008 às 18:23
Essa sequência da Mary Poppins hoje em dia é uma das minhas favoritas (principalmente pelos subentendidos), mas quando eu era criança achava aquilo um verdadeiro pé no saco e não entendia por que cazzo a câmera não acompanhava Jane e Michael ao parque de diversões.
Nos outros filmes infantis (na maioria, vai), acho um saco as cenas de amor até hoje. E elas fazem ainda menos sentido naquela idade em que meninos e meninas se odeiam (minha mãe chamava de "idade da Luluzinha").
Ah, so pra deixar registrado: pra mim "A Noviça Rebelde" acaba na cena de amor de 120 minutos entre Maria e o Capitão no jardim do solar. é fast-forward até hoje.
By Anônimo, at 3 de julho de 2008 às 13:23
eu acho que a coisa de inspirar compaixão é porque criança costuma ser um bicho cruel pra caramba
By leila, at 3 de julho de 2008 às 22:41
Linha, eu preferia que a câmera tivesse acompanhado os meninos ao parque. Mas a verdade é que não gostei desse filme. Toda essa seqüência gigante do passeio até os limpadores de chaminé e tudo mais me deu dor de cabeça. Ah, eu tinha a mesma coisa com a Noviça Rebelde!
Leila, pode até ser, mas aí eu questiono a tática, viu?
By Anônimo, at 5 de julho de 2008 às 12:35
Bel querida, faz assim não. Eu detesto filme de animal (que fala, anda e faz acrobacia e tal) mas Walle é o que me tem mantido em pé nesses dias. Claro que não é pra criança mas isso já é assim faz anos,né? Eu nem me liguei tanto no romance. O legal para mim foi o viés tecnologia/homem/solidão
/alienamento, entende? Será que pirei ou estou muito tempo longe dos seres humanos?
By Anônimo, at 9 de julho de 2008 às 23:44
Má, não desgostei do filme, só não achei assim nenhum Ratatouille. Eu gostei do começo, daquela coisa lúgubre e nostálgica, mas quando ele foi pro espaço, tudo ficou muito colorido e apitante e corre-corre pro meu gosto. Eu esperava mais ou menos esse viés que você mencionou, mas achei difícil ver solidão e alienamento naquelas pessoinhas róseas e fofuchas. O tom mudou demais da primeira metade pra segunda. O roteiro também é cheio de furos, mas deixa pra lá.
Ratatouille, mon amour... mon seul amour, mon Italie...
Ã, misturei as bolas.
By Anônimo, at 10 de julho de 2008 às 01:01
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