nervocalm gotas

1 de julho de 2008

Por que tantos filmes infantis fazem tanto esforço pra inspirar compaixão nas crianças? Todo personagem principal *que não é humano* vai sofrer, vai sofrer muito, pra você morrer de pena e chorar. Alguns vão às raias do absurdo. Aos 32 anos de idade, juro pra vocês, eu não conseguiria rever um filme do Benji, tamanho é o trauma. Por que inspirar pena é assim tão importante?

Por que filme infantil tem que ter casal apaixonado? Que interesse isso tem pras crianças? Em Mary Poppins, tem uma seqüência romântica insuportavelmente chata de quarenta minutos! E até robô, jura mesmo, tem que se apaixonar? Não, não acho que Wall-E e outros filmes de animação sejam infantis per se, mas se paixonite de robô é chata pra criança, imagina então pra adulto.

Amor e dó. Tem outro viés não?

(tem, claro que tem, estou cansada de ver)

6 Comments:

  • Bebel! Preciso dos seus serviços de tradução! E é um serviço que acho que você vai adorar fazer! Hohoho! Manda mail! luciocaramori[at]mac.com. Beijo, l.

    By Anonymous Anônimo, at 2 de julho de 2008 às 18:23  

  • Essa sequência da Mary Poppins hoje em dia é uma das minhas favoritas (principalmente pelos subentendidos), mas quando eu era criança achava aquilo um verdadeiro pé no saco e não entendia por que cazzo a câmera não acompanhava Jane e Michael ao parque de diversões.

    Nos outros filmes infantis (na maioria, vai), acho um saco as cenas de amor até hoje. E elas fazem ainda menos sentido naquela idade em que meninos e meninas se odeiam (minha mãe chamava de "idade da Luluzinha").

    Ah, so pra deixar registrado: pra mim "A Noviça Rebelde" acaba na cena de amor de 120 minutos entre Maria e o Capitão no jardim do solar. é fast-forward até hoje.

    By Anonymous Anônimo, at 3 de julho de 2008 às 13:23  

  • eu acho que a coisa de inspirar compaixão é porque criança costuma ser um bicho cruel pra caramba

    By Blogger leila, at 3 de julho de 2008 às 22:41  

  • Linha, eu preferia que a câmera tivesse acompanhado os meninos ao parque. Mas a verdade é que não gostei desse filme. Toda essa seqüência gigante do passeio até os limpadores de chaminé e tudo mais me deu dor de cabeça. Ah, eu tinha a mesma coisa com a Noviça Rebelde!

    Leila, pode até ser, mas aí eu questiono a tática, viu?

    By Anonymous Anônimo, at 5 de julho de 2008 às 12:35  

  • Bel querida, faz assim não. Eu detesto filme de animal (que fala, anda e faz acrobacia e tal) mas Walle é o que me tem mantido em pé nesses dias. Claro que não é pra criança mas isso já é assim faz anos,né? Eu nem me liguei tanto no romance. O legal para mim foi o viés tecnologia/homem/solidão
    /alienamento, entende? Será que pirei ou estou muito tempo longe dos seres humanos?

    By Anonymous Anônimo, at 9 de julho de 2008 às 23:44  

  • Má, não desgostei do filme, só não achei assim nenhum Ratatouille. Eu gostei do começo, daquela coisa lúgubre e nostálgica, mas quando ele foi pro espaço, tudo ficou muito colorido e apitante e corre-corre pro meu gosto. Eu esperava mais ou menos esse viés que você mencionou, mas achei difícil ver solidão e alienamento naquelas pessoinhas róseas e fofuchas. O tom mudou demais da primeira metade pra segunda. O roteiro também é cheio de furos, mas deixa pra lá.

    Ratatouille, mon amour... mon seul amour, mon Italie...
    Ã, misturei as bolas.

    By Anonymous Anônimo, at 10 de julho de 2008 às 01:01  

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