Ontem eu acabei vendo o King Kong novo, por falta do que fazer. Entre a descida na ilha e a volta a Nova York, o tempo que eu não passei bocejando, eu passei xingando o Peter Jackson. Peter Jackson, o homem que fez Billy Elliot metralhar O Pianista pra matar uns baratões de Itu (Pianista esse que saiu ileso, evidentemente). E então eu xinguei muito a computação gráfica e os efeitos especiais e a sucessão infindável de predadores incompetentes do Peter Jackson e o próprio Peter Jackson - que é muito bonito um menino ter imaginação, mas um editor interno faz falta ao menino. E eu sentenciei: "Bopla, nunca mais verei um filme do Peter Jackson. Chega." E acordei hoje animada pra procurar no Rotten Tomatoes críticos que concordassem comigo.

Mas aí eu vi...

O Peter Jackson fez Heavenly Creatures... Ele fez Heavenly Creatures. Um filme que está na minha parada top top top. Será que perdôo?

ontem eu aprendi

Quem tem duzentos mil de cara pra aplicar num fundo de investimento vai pagar taxa de administração de um por cento. Quem tem vintinho na mão pra tentar fazer render pra tentar comprar um apartamento de bem menos de duzentos mil, quem sabe um dia, vai pagar taxa de administração de dois e meio por cento.

Solução*? Denial, denial, denial. Tapar os ouvidos e cantar bem alto. Fechar os olhos e não pensar. Porque é impossível viver, minha gente, com essas merdas na cabeça.

*Terrorismo contra as casas dos banqueiros também tá valendo.

por isso, entoamos

we gotta get out of this place
if it's the last thing we ever do
we gotta get out of this place
girl, there's a better life
for me and you

Canadá ou Austrália?

Britadeiras enlouquecem, britadeiras enlouquecem, britadeiras enlouquecem, britadeiras enlouquecem, britadeiras enlouquecem, britadeiras enlouquecem, britadeiras enlouquecem, britadeiras enlouquecem, britadeiras enlouquecem, britadeiras enlouquecem, britadeiras enlouquecem, britadeiras enlouquecem, britadeiras enlouquecem, britadeiras enlouquecem, britadeiras enlouquecem, britadeiras enlouquecem, britadeiras enlouquecem, britadeiras enlouquecem.

aprenda jornalês falado

Governo quer aumentar investimentos em ábtação.

ábtação s.f. lugar ou casa onde se HAbita; MOrada; VIvenda.

Repita três vezes o exemplo:
A ÁBtação é um PROblema REcorrente nas CÁptais.

Tá bom, eu sou viciada no Flickr. Mais de três horas por dia? Quase todo dia. E lá estava eu rindo sozinha quando lembrei que tenho blog de novo! I can share again! Na esperança de encontrar uma alma que se entusiasme com as mesmíssimas coisas que eu! (Sorry 'bout that.)

Aí vão minhas três heroínas:
Miss Charm and Poise
Miss Retro Modern
e The Atomic Housewife

Enjoy.

Sabem por que as pessoas quietinhas são quietinhas? Porque as pessoas faladoiras não fazem perguntas.

Pois é, né, as britadeiras voltááá-a-ram, e o boteco-quiosque aqui embaixo resolveu fazer noite de música ao vivo pela segunda semana seguida. Essa é a sexta-feira na rua Angústia. Bom descanso.

(duas buzinas mandaram o tchau)

Shoot me. Shoot me now.

É difícil a gente não virar dependente de água de melissa quando tem que dormir ou acordar uma, duas, três vezes por semana ao som de britadeiras e barulheiras em geral, que vêm quebrar e tornar a juntar os mesmos cem metros de rua entra mês, sai mês, entra mês, sai mês.

Como escrevi por aí noutro canto, só mesmo um bairro barulhento pra transformar uma mocinha apática numa mulé nervosa.

Eu gostaria de pedir aos jornais, obrigada, que parassem de usar terror no lugar de terrorismo, porque minha birra é muito grande. Terror é o que eu vi ontem, a refilmagem do Massacre da Serra Elétrica, que me fez descobrir com tristeza que, não, eu nunca vi o clássico original, porque no Rotten Tomatoes está escrito que ele é quase bloodless, e todas as na verdade motosserras que eu vi em filme até hoje produziram muito sangue e muita gosma, muita gosma mesmo, desvirtuando completamente a minha idéia de terror como coisa maior que está na cabeça e que não produz gosma. Ao contrário do terrorismo.

meus melhores filmes de 2006

O Homem Urso . Me diverti a valer. A-va-ler.

O Labirinto do Fauno . O melhor filme do ano que não ouso recomendar. Muito pessoal, muito pessoal. Não falem mal dele perto de mim.

2007 começou com An Inconvenient Truth e Jesus Camp. Começar o ano com terror é sempre bom. Dá um ânimo na gente.

Daí que eu tive um sonho outra noite. Sonhei que estava de viagem marcada pra Paris. (Por que Paris, não faço a mínima. Paris nunca esteve na minha lista de grandes vontades.) Mas estávamos lá, eu e Bopla, malas feitas, a caminho do aeroporto, felizes da vida, tralalá. Eis que no aeroporto, a meia hora de embarcar, eu me dou conta de que tinha errado uma palavra numa tradução. Palpitações, suor frio, vergonha intensa. Preciso voltar pra casa pra me corrigir. "Não vai dar tempo, louca!", diz Bopla. "Não vai dar tempo, louca!", diz minha própria cabeça. Mas eu vou mesmo assim. Corrigir uma palavra. E perco minha viagem a Paris.

E daí que esse é um bom resumo da minha vida atual. Achei que seria um bom jeito de recomeçar. Nervocalm, segunda rodada.

Nhé.