from cradles! to perfumes
Acabei der ver uma menina de uns sete anos com tênis prateado de oncinha, cinto de oncinha, colar com laço de oncinha, faixa de cabelo de oncinha, braceletão enorme de oncinha e bolsa de pelúcia de oncinha, entrando na padaria toda empinada feito uma cocota de 16 anos e praticando movimentos de dança do ventre na frente do vidro refletor.
O horror, o horror.
Me deu vontade de sair correndo e salvar a sobrinha desse mundo doido.
Acabei der ver uma menina de uns sete anos com tênis prateado de oncinha, cinto de oncinha, colar com laço de oncinha, faixa de cabelo de oncinha, braceletão enorme de oncinha e bolsa de pelúcia de oncinha, entrando na padaria toda empinada feito uma cocota de 16 anos e praticando movimentos de dança do ventre na frente do vidro refletor.
O horror, o horror.
Me deu vontade de sair correndo e salvar a sobrinha desse mundo doido.
mais um chororô de bel seslaf .
3:53 PM
7 Comments:
Bel,
O problema é que o esforço dos pais para evitar esse "amadurecimento" precoce tem que ser muito maior do que simplesmente não incentivar.
Tenho uma filha cinco meses mais velha que a Catarina, e percebo que as meninas são propensas a gostar do que chama atenção, gostar de cores, gostar de música dancante e gostar do mau gosto (pretensioso, mas, enfim.)
Então eu só compro roupas de criança para ela, mas se ela ganhar uma saia modelo adulto, é essa que ela quer colocar. Ela viu uma prima de 15 anos pintando as unhas e quando eu vejo, me aparece de unhas pintadas de amarelo. E o que eu ouço? "mãe, eu quero pintar de rosa."
A luta é grande. E não é só contra o mudo externo. Então vai te preparando para, depois de ter mostrado todas as músicas legais que tu conheces, ouvi-la cantando a Xuxa ou algo pior, porque é o que o colega ouve.
Beijo e boa sorte.
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Cassandra, at 22 de janeiro de 2010 às 17:39
Havia escrito tanta coisa e nãoe stava conseguindo coordenar os pensamentos.
Nem sei o que escrever, porque já tive um caso de uma menina de dezesseis anos com quatro filhos de pais diferentes.
Não dá para saber porquê isso acontece.
Acho que desisti de pensar.
Beijos
Alê
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Alê, at 22 de janeiro de 2010 às 18:03
Cassandra, a menina estava obviamente achando aquilo tudo o máximo, então, eu sei que pode ser o jeito dela mesmo. Mas alguém comprou tudo aquilo pra ela, né? Não consigo não me horrorizar um pouco, desculpa. Quando fiz treze anos e ainda me sentia totalmente criança, de uma hora pra outra, como mágica, as pessoas começaram a me cobrar batom e namorados, e sujeitos começaram a falar obscenidades e querer passar a mão em mim na rua. Foi traumático, eu não estava preparada. Acho que por isso essas coisas me tocam tanto. Eu já não era uma menina especialmente "feminina", e essa coisa toda só me deixou ainda mais avessa à "feminilidade" acentuada. Dura até hoje, confesso.
Alê, ai, é muito mundo cão.
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nervocalm, at 22 de janeiro de 2010 às 20:51
Bel,
Eu fico preocupada com essa valorização da sensualidade tão cedo também. Eu também tive uma infância muito boa e muito longa, minha mãe, que não é nada vaidosa, não "ensinou" isso para as três filhas, o que me causou um desconforto bem diferente do teu na adolescência. Como em casa ninguém nunca tinha a preocupação de estar produzida, fui perceber que também era legal se arrumar um pouco já muito tarde, quando todas as minhas amigas já tinham me rotulado de desleixada. E até hoje percebo que muita gente me vê assim, inclusive eu.
Mas com relação as nossas meninas, penso muito em como seria a forma correta de agir. Sei que vou errar um pouco, é inevitável. Mas a postura que eu escolhi foi, mau-gosto pode, desde que adequado à idade. Então ela pode cantar a Xuxa, mas não pode ouvir funk. E não vai sair de casa vestindo roupa de adolescente enquanto não for uma adolescente. E mesmo adolescente, não vai se vestir de forma vulgar, enquanto eu puder evitar. Eu sei que não é fácil argumentar com uma menina de sete anos, tenho sobrinhos dessa idade e eles nos dão uma bela volta. É por isso que eu não pretendo argumentar.
Fica muito feio se eu disser que não acredito em maternidade com democracia?
Beijo.
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Cassandra, at 22 de janeiro de 2010 às 21:41
Ah,
Pelo meu comentário ficou parecendo que a Fernanda quer ser uma paquita. Ela não é assim, é uma fofa e bem meninnha. E tem bom gosto, quase sempre. Pode ver fotos dela aqui: fernandasb.blogspot.com
Beijo.
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Cassandra, at 22 de janeiro de 2010 às 21:46
Não fica feio, não. Eu concordo. :)
Eu acho que seguiria o método da minha mãe. Ela não negava as coisas pra gente, mas falava delas com tanto desprezo, fazia tão pouco de quem as usava, e com um tal talento, que a gente acabava não querendo mais usar. Foi assim com os sapatos de saltinho que estavam na moda por causa da novela Dancing Days e com Melissas também. Minha irmã mais nova teve uma fase Xuxa, mas durou pouco, acho que pelo mesmo motivo.
Não deve ser fácil mesmo. Outro beijo.
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nervocalm, at 22 de janeiro de 2010 às 21:51
I hear you, darling. E é por essa e por outras que dou graças a Deus pelas criancices da minha irmã de 16 anos - ainda hoje fazemos campeonatos de Tetris. Ela não tem pressa de crescer, apesar de adorar um batonzinho.
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Patricia Scarpin, at 26 de janeiro de 2010 às 16:51
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