Quem paga $270 numa consulta, e só pra conhecer o terapeuta? E se fosse pra fazer terapia semanal, seria isso a cada sessão? Quem é que pode? Eu não; custaria mais que meu aluguel e condomínio juntos no fim do mês. Diz que a consulta é de 50 minutos. Cinqüenta minutos, $270. Eu não ganho nem perto de $270 num dia inteiro de trabalho.
Não ter amigo custa caro pra caralho.
Prefiro gastar $270 em comida.
Não ter amigo custa caro pra caralho.
Prefiro gastar $270 em comida.
28 Comments:
Vc é tão inteligente! E gente inteligente costuma ser muito só - (haja paciência pra aturar gente burra!)Quando não dão sorte de fazer parte de uma patota de outros inteligentes (tipo nesses salões que há/havia - não sei se há) vai ter sofrer com a solidão/mediocridade vida afora. Um terapeuta para poder lhe ajudar tem que ser no mínimo tão inteligente quanto vc - pra entender o que vc está falando. Vai ser difícil achar. E vc vai ter que ter a sorte de ele/ela querer o seu bem, o que não se pode garantir a princípio. Se eu fosse vc continuava procurando os amigos - é mais divertido, mais barato, e vc sabe as regras do jogo.
Tenho a impressão de que vc é bonita e encantadora - será que isso não ajuda? boa sorte!
By Anônimo, at 19 de novembro de 2009 às 20:27
Este comentário foi removido pelo autor.
By Camila, at 19 de novembro de 2009 às 20:39
Haha. Justamente. Terapia Zero!
Continuo imaculadamente virgem neste aspecto. Não que seja motivo de orgulho. Mas, adaptando sua frase, prefiro gastar R$ 270 em birita.
Bjs
By anna v., at 19 de novembro de 2009 às 23:05
Anônimo, puxa, quanta confiança em mim... 'Brigada. Não vou nem falar que sou feia, chata e boba.
Anna, mas bem que eu queria um terapeuta.
By nervocalm, at 20 de novembro de 2009 às 09:27
Cara, qta merda se ouve qdo o assunto é terapia! Não, não estou falando de vc, minha querida Bel, q, sim, precisa de terapia, assim como eu e não tem nada a ver com ter ou não amigos, ser ou não ser inteligente, feia, boba, chata...tem a ver com sentir a vida de outra forma, q ninguém entende e não adianta explicar. Claro q esta é a solução q nós, habitantes do século XX e XXI, escolhemos - se estivéssemos na Idade Média poderíamos ser queimadas como bruxa, se vivessemos no século XVIII seríamos apenas pessoas estranhas, afinal cada época histórica provova as paranóias e dá as respostas q o seu tempo lhe permite. Se isso é privilégio ou maldição, se isso acomete espíritos mais evoluídos ou lúcidos...caguei. Não me interessa esse tipo de especulação. Só sei q tem gente q precisa. E gente q não precisa. E tem gente q prefere gastar 270 em birita. Ou comida. Ou compras. Ou sexo. Ou seja lá o que for - o que tb cobra um preço. E quem consegue gastar nisso tudo e realmente se sente bem melhor depois disso...bom, essa gente então realmente não precisa de "terapia". Pq se precisasse se sentiria irremediavelmente pior com esses paliativos.
Cara, São Paulo é mesmo muito cruel...mas mesmo assim, 270 é loucura, até pra SP (eu acho). E os bons analistas - detalhe q falei "analista" o q é bem diferente de "terapeuta"; não acredito em "terapia", mas, enfim, cada um faz a sua escolha - negociam o preço de pessoa pra pessoa. Eu pago 60,00 - no Rio. Meus irmãos fazem com um cara fodão,q é analista do Caetano (se bem q acho q isso só conta pto negativo, mas...) e do Nelson Mota e eles (meus irmãos, não o Nelson Motta ou o Caetano) pagam 100, 150...
Enfim, se quiser conversar com alguém com 200 anos de análise, remédios e com a família lotada de psicólogos, psicanalistas e malucos em geral, estou as ordens.
Bjs
By Carrie, a Estranha, at 20 de novembro de 2009 às 10:54
Olha, essa sessão tá muito cara. Geralmente, o preço é decidido conforme o que você pode pagar. Acho que até está no código de ética lá dos psicólogos. Se quiser uma indicação de um moço superbacana na Aclimação, me fala que eu tento achar o telefone dele de novo.
By Menina Dedê, at 20 de novembro de 2009 às 11:47
Posso continuar dando pitaco? Tem hora que se tem vontade mesmo de alguém ouvindo a gente. Coisas que não se deve falar aos amigos e parentes - tipo assim "hoje estou com vontade de me suicidar" (vamos ficar, por ora, no trivial). Para isso terapeuta serve. Mas se vc disser o que ele não quer ouvir será que ele vai se manter empático ou estoicamente neutro? E entre a prestação do sofá da casa dele e a real necessidade do paciente, para o que vc acha que ele vai direcionar a atenção dele? Quem se dedica a essa área, em regra, é porque quis resolver os próprios problemas. Reza o ditado: quem sabe faz, quem não sabe ensina. E eles ficam por aí ensinando... Então escolha um barato e fique sabendo de antemão a (má) qualidade do que está pagando. Não vai ser preciso pagar 15 sessões pra descobrir que está jogando fora seu suado dinheiro.
Acho que já vi fotos suas em outras épocas. Em Londres. Vc é bonita. Ou será que eu estou misturando os blogs?
By Anônimo, at 20 de novembro de 2009 às 16:32
eu sempre pensei e preferi fazer assim --270 em comida, roupa, qualquer autoindulgência. mas arranjei uma analista muito boa NO CONVÊNIO. foi a melhor coisa desse ano, fora todas as outras que meu filho fez.
By Alechandra com X, at 20 de novembro de 2009 às 16:37
Espera a votação do ato médico pra ver quanto vai custar essa brincadeira...
By Irmã pequena, at 20 de novembro de 2009 às 18:15
Carrie, eu não quero fazer análise, não. Preciso de uma coisa bem pragmática mesmo: um ouvido, outros pontos de vista e umas dicas pra levar um pouco melhor meu dia a dia. O gastar em comida não é pra eu me sentir melhor também; é só que se eu gastasse tudo isso em terapia, me veria obrigada a cortar despesas em outro lugar, e a única coisa na qual eu gasto mesmo é comida - restaurantes, cesta orgânica, ingredientes mais caros. Não quero abrir mão de uma das poucas coisas que me entusiasmam.
É bom dizer que esse terapeuta dos $270 é, na verdade, um psiquiatra/analista que meu psiquiatra burocrático acabou de me indicar. Eu não procurei nenhum outro ainda.
Por isso, Menina Dodidê, se você encontrar o contato bacana na Aclimação, eu aceito. Mas só se for fácil, tá?
By nervocalm, at 20 de novembro de 2009 às 21:23
Anônimo, eu preciso mais ouvir do que falar. Gostaria muito de ter alguém que falasse comigo, que me mostrasse outras coisas de outras maneiras, entendeu? Também tenho esses ceticismos aí que você aponta, mas... quem não tem cão tem que pagar por gato. Ah, nunca publiquei fotos onde apareço direito, então é capaz de você estar me confundindo mesmo.
Alexandra, nem tinha me ocorrido isso de convênio! Vou ver se o meu cobre terapias. 'Brigada.
Irmã, mas comassim? O que eles vão votar nesse sentido?
By nervocalm, at 20 de novembro de 2009 às 21:32
Então eu volto à minha mensagem inicial e concordo com vc: vc precisa mesmo é de amigos. Não sei quais os assuntos que vc queria discutir e com que tipo de pessoa.
Eu adoraria conversar comigo. Talvez vc adorasse conversar com vc.
Se quiser continuar é só dizer.
By Anônimo, at 20 de novembro de 2009 às 22:15
e quando terapeuta diz que você precisa ir duas vezes por semana? por uma pechincha assim? é bacana, né?
(a pessoa totalmente amargurada com a existência)
mas já te disse o que eu acho. ia comentar aí sobre a questão amigos e escrevi milhares e desisti de tudo porque lembrei que eu também já te disse o que acho.
(a pessoa totalmente amargurada com a existência, eu disse)
humpf.
By Rainman Raymond, at 20 de novembro de 2009 às 23:12
Nossa, quanta gente no mesmíssimo barco, hin? eu tb estou nele,minha querida Bel e, mesmo distante,estou aberta a conversas, ouvir e dar pitacos (adoro dar pitacos). O preço? continuar vindo aqui e sabendo o que anda passando nessa mente brilhante.
By Má com acento mesmo, at 21 de novembro de 2009 às 09:30
Bel,
Análise é exatamente isso q vc disse q quer. Análise é pragmático. Aquela ideia de um psicanalista parado, quieto, dizendo "humm", isso é uma psicanálise antiga.
Psicólogos de plano são uma fraude. Os psicólogos q se sujeitam a isso são, em geral, iniciantes ou muito ruins, pois o plano extorque o psicólogo em questão.
Bom, mas parece q vc já está com uma ideia bem fechada sobre o q quer.
By Carrie, a Estranha, at 21 de novembro de 2009 às 11:11
Carrie, eu já tive experiência com psicanalista. Trinta, quarenta minutos de silêncio, porque eu também não falava, e uma quase recusa em me oferecer ajuda a curto prazo quando eu muito precisava. Depois fiz uma terapia mais comportamental que me deu muitos mais insights e me ajudou de fato. Acho legal fazer análise pra se conhecer e tal, mas não acho que seja disso que precise.
By nervocalm, at 21 de novembro de 2009 às 12:18
Gentes, 'brigada mesmo.
By nervocalm, at 21 de novembro de 2009 às 12:19
Te amo, Bebel.
Beijos e saudades.
By Paola Ranova, at 21 de novembro de 2009 às 19:09
Fiquei pensando: não ter amigos é um problema em si, não a causa de outros problemas (não ter com quem falar). Na sua idade, deve ser seu principal problema. Se as pessoas que vc deseja como amigos existirem (o q, por experiência própria, lhe asseguro que não é garantido) e não quiserem vc como amiga, pode estar havendo duas coisas: vc está errando no papel que se espera de vc ou não tem o physique du rôle. O physique du rôle é fácil de ajustar. E pra saber o que vc está errando em seu papel, só os amigos pra lhe dizer. E de volta ao labirinto sem saída. A saída vai ser quebrar algumas paredes. Um começo é beber cerveja - vc vai ver que as pessoas vão ficar muito mais interessantes (e tolerantes!). O que vai lhe dar uma vida normal, que poderá ser a gestação de uma nova "Nervolcalm", que poderá alçar novos vôos.
É claro que vc sabe que está me possibilitando refletir sobre minha própria vida - pena que álcool me faça tanto mal. :(
By Anônimo, at 21 de novembro de 2009 às 19:15
Paola, :*
Anônimo, não existem pessoas. Sempre foram muito poucas na minha vida, aí mudei de cidade, aí comecei a trabalhar em casa, e já são quase oito anos entocada. Não existem pessoas. Mas se surgissem (pela internet, por exemplo), eu provavelmente fugiria de um contato mais próximo. Já fugi algumas vezes.
Note que meu problema aqui foi querer um terapeuta, não amigos. Só reconheci que essa necessidade vem muito da falta de gente na minha vida. Fazer amigos é um esforço que, com toda sinceridade, não estou muito disposta a fazer a esta altura da vida. Pra isso, eu teria que nascer de novo. É feio dizer isso, mas é verdade.
By nervocalm, at 21 de novembro de 2009 às 21:25
"Um começo é beber cerveja"
UM começo, bem entendido; e um dos piores começos. Uma das coisas mais deprimentes q conheço é roda de amigos q se encontram pra beber e pra conversar das bebedeiras ou drogueiras passadas. Às vezes parece q não têm outro assunto: um resultado diametralmente oposto à exuberância de assuntos e clareza mental a q a Nervocalm aspira.
By Permafrost, at 21 de novembro de 2009 às 22:17
Prezada Nervocalm, estou com receio de ultrapassar o limite da conveniência (se é que já não ultrapassei), e por isso lhe peço desculpas de antemão. Vou dizer mais uma vez o que penso: embora as pessoas sejam isso aí que vc vê que elas são, vc não tem como fugir da sua biologia. O ser humano precisa de gente. Não é à toa que a solitária é uma das mais devastadoras punições. Por que será?
Será que recapitulando sua vida, mais na frente, vc não sentirá muito arrependimento dessa covardia, de ter desistido das pessoas? Vc consegue ver alguma maneira de sua vida valer a pena sem as pessoas? Vc está perdendo a sua vida e só quem vai lamentar vai ser vc. Vc está aí, vivinha da silva! Não precisa nascer de novo. Aproveite agora que é a sua única chance. Desculpe-me mais uma vez a intromissão. Vc não vai escapar dessa psicologia de botequim, qualquer que seja o psi que vc consultar... se ele servir para alguma coisa, é claro.
Criticaram meus conselhos, mas em verdade lhe digo: brincar carnaval, sair pra dançar, participar de festa de rua, beber numa roda de amigos e outras "futilidades" e coisas "vazias" que tais traz uma satisfação de se sentir normal, de fazer o que a biologia pede... e uma sensação de "dane-se o resto" - que é boa demais! Só experimentando é que vc vai saber.
Fico por aqui!
By Anônimo, at 21 de novembro de 2009 às 23:59
Não precisa pedir desculpa. Eu agradeço por tudo que você me disse, pelo tempo e pelo evidente cuidado. Você fez parte do papel que um terapeuta me faria, só que com menos informação sobre mim, claro.
Me arrependi um pouco da minha última resposta, porque já estava sendo pessoal demais numa caixa de comentários pra qualquer pessoa ler, então não sei mesmo se daria pra continuar. Racionalmente, eu sei que você tem razão (só trocaria os "dançar e beber" por outras coisas, como viajar sem rumo, mas isso não é importante). Só que, por algum motivo, eu nunca faço o que sei que preciso fazer.
Olha, sou péssima pra manter conversa por e-mail, demoro a responder, às vezes demoro tanto que desisto, mas... se você quiser falar oi:
chepookajamorreu@terra.com.br
By nervocalm, at 22 de novembro de 2009 às 10:10
acho que foi a Carrie que falou aí que psicólogo de plano é tudo uma fraude. nem tenho por que discordar, sempre achei isso, mas o fato é que encontrei (e fui surpreendida) por profissional do mais alto gabarito na listagem do meu plano, depois de muitos anos sem nem querer ouvir falar nisso, pq os médicos do plano já costumam ser ruins o bastante. mas, com sorte, encontramos os bons.
By Alechandra com X, at 23 de novembro de 2009 às 14:31
A vantagem do plano é que dá pra ir experimentando sem ter que pagar $270 (ou quantia igualmente exorbitante) a cada tentativa, claro.
By nervocalm, at 23 de novembro de 2009 às 14:38
Olá
Apenas consegui ler hoje seu blog porque estava de mudança e sem internet.
Já fiz terapia e posso lhe dizer que os problemas que enfrento, somente encontrei respostas conversando comigo mesma.
Eu também não sou de muitas amizades e antigamente até tentava relacionar-me mais.
Só que não sei explicar o que acontece, mas é como se eu vivesse na eterna tentativa em adaptar-me em um mundo, que já parece pronto com todas as suas regras.
Parece tudo uma grande oscilação.
A reclusão e a vontade de explicar-me cada vez menos para as pessoas, só aumenta.
Beijos
Alê
By Alê, at 23 de novembro de 2009 às 15:22
exatamente. a cobrança só começa depois.
By Alechandra com X, at 23 de novembro de 2009 às 15:49
amigos de longa data, infância e adolescência e essas coisas, têm outro tipo de acesso à gente mesmo... entendo a preguiça de conhecer gente nova, de construir algo que leva anos, e que vc precisa agora, em pouco tempo...
By Paola Ranova, at 26 de novembro de 2009 às 12:29
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