Ui, cada coisa que estou lendo sobre o Jacko. Um leitor da Salon disse que só Stevie Wonder e Paul McCartney, de gente viva, chegam perto dele musicalmente. Jura? Alguém mais concorda? Pra mim, o Jacko foi um dia um bom cantor e um bom dançarino, só.
Nem sei por que escrevi este post. Deve ser a tal necessidade de vomitar. Dor de olho lancinante também.
Nem sei por que escrevi este post. Deve ser a tal necessidade de vomitar. Dor de olho lancinante também.
13 Comments:
ai, eu chorei quando soube que ele morreu, porque eu gosto do Michael Jackson criança, principalmente porque a voz dele era linda e por causa das histórias de "Ben" e "Got to be there". Eu choro mesmo. Fora isso acho exagero compará-lo ao Stevie Wonder, exagero demais, muito sem noção. E ao Paul McCartney também. Não gosto da maioria das músicas do MJ, nem dos remelexos agoniados, nem dos gritinhos, nem dos clips, mas "Ben", "Got to Be There" e "Beat It" são ícones do mundo pop para mim.
By Paola Ranova, at 26 de junho de 2009 às 12:26
As coisas do Jackson 5 são legaizinhas, até acho, mas do MJ adulto, não gosto de nada. Estou realmente espantada de ver que tanta gente considerava ele genial. Pra mim, era um produto pop, como tantos outros.
By nervocalm, at 26 de junho de 2009 às 14:58
Eu também achava que ele era um produto pop, mas andei lendo que ele de fato compunha e produzia tudo com o Quincy Jones, so...
Acho que ele funcionou até Thriller, depois só foi downhill. Eu gosto de Billie Jean e Beat it, mas como qualquer música-consagrada-e-amada-por-todos, detesto Ben (detesto Imagine, What A Wonderful World, And So This is Christmas... rs). E concordo com a Paolinha, que não dá para compará-lo com o SW. No effing way.
Quanto ao PMcC, só se estiverem falando do tempo dos Beatles, porque tudo o que ele fez depois é desprezível para mim. Insuportável mesmo.
By Cam Seslaf, at 26 de junho de 2009 às 15:46
Não que eu seja fã, mas acho a comparação justa. Michael Jackson mostrou um trabalho criativo, musicalmente agradável. Tinha um talento fantástico para a dança, inovou, provocou, mudou paradigmas. Foi o inventor (talvez "apenas" o precursor) do videoclipe (assim agora, né?). Até consigo entender os looongos minutos de homenagens em cada um dos programas de TV, all over again.
Bjos!
By Ciça, at 26 de junho de 2009 às 17:45
Irmã, é, eu não sei até que ponto ia a parte autoral dele. Mas como não gosto das músicas de qualquer jeito... Vou procurar pra ver se gosto muito de alguma música do Paul McCartney pós-Beatles.
Ciça, o cara tinha carisma, tinha talento e foi inovador, tudo bem. Mas musicalmente, pra mim, ele não está nem no mesmo mundo de SWonder e PMcCartney. O MJackson era mais espetáculo que música, e tem muita gente por trás de um espetáculo.
By nervocalm, at 26 de junho de 2009 às 19:37
Concordo, o MJ era mais fabricado que qualquer outra coisa, mas ele escreveu Ben aos 6 anos de idade porque o único amigo dele era um hamster que o pai dele assasinou, esmagando com a mão, na frente dele, porque queria obrigá-lo a cantar num momento em que ele não estava afim. A história de Ben me toca mais que a música, até porque, como a Cacá falou, a exploração do mundo do espetáculo desgasta e qualquer coisa fica um saco mesmo. Mas eu não tenho muito senso crítico e estético com coisas que me tocaram na infância, se eu gostava quando era pequena, não tem racionalidade e bom senso que mudem o sentimento. Mas ninguém se compara ao Stevie Wonder, ninguém, ninguém, ninguém. Ele é maravilhoso. E mesmo que também tenha músicas xarope, Stevie Wonder é Stevie Wonder, e os outros comem poeira. Inclusive o Paul MacCartney.
By Paola Ranova, at 27 de junho de 2009 às 06:51
Paola, é, estou percebendo que tem muito de memória afetiva nessa tristeza toda das pessoas com a perda dele. É mais um luto por quem ele foi e por quem as pessoas eram quando ele era. Ficou claro, né? :)
Eu nunca dei pelota mesmo, nem na época de Thriller, por isso não tenho essa sensação.
By nervocalm, at 27 de junho de 2009 às 11:08
pois é, acho que é uma memória afetiva pré-anos 80, e talvez um pouquinho pós... luto de infância mesmo. Mas a vida segue. bjs!
By Paola Ranova, at 27 de junho de 2009 às 23:28
Credo, a história de Ben é essa?!
Buáááááááá!!!
By Camila, pós-filha, at 28 de junho de 2009 às 10:55
pois é, a história que eu sempre soube é essa, por anos e anos, e depois foi confirmada pois dois amigos músicos especialistas e mega fãs do MJ, também anos atrás. Mas ontem buscando na internet a wiki disse que a música foi feita na Motown para um outro prodígio da black music que não pode gravar, e então ofereceram para o MJ. Mas a wiki tem milhões de problema se não é muito confiável. Vou investigar mais com especialstas do mundo pop e tentar descobrir se não é lenda urbana... to be continued...
By Paola Ranova, at 28 de junho de 2009 às 11:25
Ops, cheguei tarde.
Alguém falou aí de paradigma, acho que a importância dele é um mais pra esse lado, de ter estabelecido um jeito novo de fazer e principalmente de vender música. Também não sou fã, mas há um valor inegável nos Jackson 5 e na piração pop de Off the wall --um disco absolutamente brilhante-- e Thriller --um marketing brilhante, uma inovação estética, ainda que pro lado brega do mundo, mas ainda assim uma inovação da qual a cultura ainda não conseguiu se libertar.
Cabe muito também num lance (ok, não pirei ainda, mas,) político-econômico mesmo, de afirmação americana, de business, música como parte do PIB. Me sinto uma sandinista dizendo isso, mas não consigo encontrar argumentos pra desdizê-lo.
By Alechandra com X, at 29 de junho de 2009 às 19:19
O negócio que me espanta é justamente esse, Alexandra. Ele era bom cantor, bom dançarino, e talvez até fosse bom compositor e arranjador, não sei. Mas o Michael Jackson superstar era, sim, um produto. Pessoal enche a boca pra falar que o Thriller foi o disco mais vendido da história e todo mundo entende que o mérito foi só do talento do Jackinho. Alguém aí se lembra do lançamento do clipe? De todo o estardalhaço que o precedeu? Da programação da TV parando pra exibir a grande estréia? Com toda a histeria criada em torno da coisa, não é de se admirar que milhões de pessoas saíram correndo no dia seguinte pra comprar. E depois foi um clipe espetaculoso atrás do outro.
E vem daí o que me espanta. Já que a medida de tudo agora é vendagem, sucesso e influência, me parece que estamos caminhando pra lamentar, acima de todas, as mortes dos grandes marqueteiros. Afinal, eles é que jogam a purpurina, eles é que vendem o produto, que cada vez mais pode ser qualquer merda. Milhares de pessoas choraram pelo marketing esses dias sem se dar conta.
By nervocalm, at 30 de junho de 2009 às 00:00
Gente, nem estou falando mal do Jacko. Ele é indiferente pra mim. Questão de gosto.
É só que não gosto de espetáculo mesmo, de coisas grandiosas e retumbantes e cheias de pompa. E gosto menos ainda de marketing, de propaganda, de vendavendavenda e comprecomprecompre. O mundo está muito enmarquetado e eu não gosto, gente.
By nervocalm, at 30 de junho de 2009 às 00:05
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