Eu acho graça nessa tendência de ver entidades em meras descrições. Sorte, por exemplo - não como sinônimo de destino, mas como ocorrência favorável. Sorte é o nome que descreve *em retrospecto* uma ocorrência favorável ou série de, não é uma entidade que paira sobre a cabeça de certos indivíduos e lhes concede a graça de tais ocorrências favoráveis. Mas as pessoas gostam de pintar tudo com tintas grandiosas. Talvez isso se alinhe também com aquela mania de responder a pergunta "qual é sua palavra preferida?" com um conceito - amor, esperança, fé, o diabo a quatro. Minha palavra preferida, pra dar uma só, é lapso. Acho misteriosa, gostosa de falar, elegante. Enfim. Muita chatice seria evitada sem essas manias de grandeza. Muita mesmo.
2 Comments:
Boa!
By Anônimo, at 21 de abril de 2009 às 18:05
Olá
Concordo plenmanete com você.
Engraçado, eu estudo com crianças e adultos que são sensitivos e há muita mistificação em torno disso.
Aliás, é algo que nunca comento, porque já sofri demais com isso.
Mas, convivo com pessoas (tirando as crianças que são maravilhosas)que só falta ter um luminoso em cima da cabeça dizendo que é sensitivo.
Infelizmente, essa é a realidade.
E, eu tento entender e respeitar e ver o lado bom, porque é díficil.
Há cobras e sapos e pessoas que não se entendem e eu nãoa credito em seres iluminados.
Eu acredito no amor a vida e na compreensão de que somos seres únicos e a nossa individualidade é que faz toda diferença.
Mas, um belo dia, ao conversar com uma pessoa que se dizia super cristã e iluminada e que Deus a afastava de todo o mal, ela vira para mim e diz:
- Eu não gosto dee spíritas, mas não falando de você.
Eu fiquei muda, porque além de não saber o que falar, nunca fui de impor e nem de dizer nada a ninguém.
A palavra que me vem sempre a cabeça é lasqueira.
Adoro o charlie Brown do Snoopy e me sinto como ele, quando ele participa de uma corrida de motos e a lambretinha dele quase para na subida do morro.
A vida é assim: a gente luta, quer melhorar, tenta entender os outros, quer fazer parte de algo e aí um belo dia, vem alguém que se diz escolhido por Deus e que todo o mal está a milhas dele.
Pois é, eu não tenho uma lâmpada em cima da cabeça, nem varinbha de condão na mão, nem asas.
Desculpe o desabafo Bel, mas vc me fez lembrar de uma história que se formos ver, acontece todos os dias.
E eu nunca encontro explicação para isso.
Adoro seu blog.
Beijos
Alê
By Alê, at 22 de abril de 2009 às 11:45
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