Foi muito legal visitar o blog da mu ontem e dar de cara com isto, porque é minha história também, uma que nunca contei.
Vim pra São Paulo morar com Bopla na virada do ano 2000. É bom falar que fui eu que me apaixonei, eu que falei "estou apaixonada", eu que pedi "deixa eu ir", até que ele finalmente disse "vem". Eu vim, com uma mala de roupa, duas caixas de livros e cds e só. Daí pra frente, nos consideramos casados.
Passaram três anos (ou foram dois?) e eis que precisei de um plano de saúde. Lá fomos nós pro escritório do Bradescow, que era o plano dele, tratar de chaturas. Dinheiros! Muitos dinheiros! Pânico em minha pessoa! Fazendo as contas com a moça atendente, vimos que sairia mais barato se fôssemos casados e eu entrasse como dependente. Nos olhamos, oquêi, descemos pro cartório que ficava no térreo do prédio ao lado e solicitamos um certificado de união estável.
E assim foi, minha gente. Eu de jeans, camiseta Adidas e um tênis querido comprado há muito na C&A (r.i.p.), Bopla igualmente certamente como sempremente mulambento, nos casamos no papel por um plano de saúde. Pra deixar a coisa um pouco mais surreal, a escrivã tinha um quadro de Jesus technicolor ao lado da mesa - o Jesus mais psicodélico e gay que eu já vi. Ela era dessas mulheres grandonas, despachadas, piadistas, e fez todos uns meneios de cerimônia oficial na leitura do documento por pura gandaíce. No final, tirou da gaveta dois torrones e nos deu de presente de casamento. Pegamos nosso certificado e saímos achando tudo muito gozado, andando no meio da tarde pela alameda Santos até em casa.
São nove anos juntos, seis de papel (que não sei ondetá, aliás) e a sorte de uma vida.
Vim pra São Paulo morar com Bopla na virada do ano 2000. É bom falar que fui eu que me apaixonei, eu que falei "estou apaixonada", eu que pedi "deixa eu ir", até que ele finalmente disse "vem". Eu vim, com uma mala de roupa, duas caixas de livros e cds e só. Daí pra frente, nos consideramos casados.
Passaram três anos (ou foram dois?) e eis que precisei de um plano de saúde. Lá fomos nós pro escritório do Bradescow, que era o plano dele, tratar de chaturas. Dinheiros! Muitos dinheiros! Pânico em minha pessoa! Fazendo as contas com a moça atendente, vimos que sairia mais barato se fôssemos casados e eu entrasse como dependente. Nos olhamos, oquêi, descemos pro cartório que ficava no térreo do prédio ao lado e solicitamos um certificado de união estável.
E assim foi, minha gente. Eu de jeans, camiseta Adidas e um tênis querido comprado há muito na C&A (r.i.p.), Bopla igualmente certamente como sempremente mulambento, nos casamos no papel por um plano de saúde. Pra deixar a coisa um pouco mais surreal, a escrivã tinha um quadro de Jesus technicolor ao lado da mesa - o Jesus mais psicodélico e gay que eu já vi. Ela era dessas mulheres grandonas, despachadas, piadistas, e fez todos uns meneios de cerimônia oficial na leitura do documento por pura gandaíce. No final, tirou da gaveta dois torrones e nos deu de presente de casamento. Pegamos nosso certificado e saímos achando tudo muito gozado, andando no meio da tarde pela alameda Santos até em casa.
São nove anos juntos, seis de papel (que não sei ondetá, aliás) e a sorte de uma vida.
17 Comments:
seguradoras são o novo santo antônio!
By Rainman Raymond, at 16 de outubro de 2008 às 09:01
Casamento eh loteria :)
O torrone estava bom?
By Raquel (NY), at 16 de outubro de 2008 às 09:52
Rainr, :)
Raquel, eu nem gosto de torrone. Dei uma dentadinha só, pra marcar a ocasião. :)
By Anônimo, at 16 de outubro de 2008 às 11:05
Adorei sua história!
Admiro sua coragem, pudera eu ser assim, viu. Há um ano e meio conheci a mulher da minha vida e até agora, não sei o que acontece que não vou pra lá de mala , cuia e gatinhos(claro).
By Anônimo, at 16 de outubro de 2008 às 11:08
:-))))))
By Anônimo, at 16 de outubro de 2008 às 11:13
E ainda tem gente que o melhor começo é um casamento de 1 milhão de dólares. Adorei a história. :D l.
By l., at 16 de outubro de 2008 às 11:29
e sabe o que é mais legal? eu amo o meu parceiro de plano de saúde. de verrrrrdade :)
By Anônimo, at 16 de outubro de 2008 às 13:07
Flushing, não sei se foi coragem, eu nem vi outra possibilidade. A época também ajudou: eu estava me formando, minha vida ia dar uma virada de qualquer jeito. Mas sou por pegar a mala, a cuia e ir, hein? Boa sorte. :*
Hermana, :)
l., pois é. Simplifiquem, simplifiquem. :)
Mu, eu também, muuuuuuuuuuito! :)
By Anônimo, at 16 de outubro de 2008 às 13:42
Que história ótima, Nervo! Vida longa e feliz pra ela!
Cláudia
By Anônimo, at 16 de outubro de 2008 às 18:05
Adorei a parte do torrone!
Mas é isso que a rainman falou, as seguradoras viraram santo antônio. O meu atestado de união estável é a certidão de nascimento do meu filhotinho. :O)
By Alechandra com X, at 16 de outubro de 2008 às 18:21
Talvez seja terrivelmente piegas dizer isso, mas, paciência, eu sou terrivelmente piegas: que história linda, bel! Sério!
By Maritza, at 16 de outubro de 2008 às 21:39
Eita, que bacana!
By Carolina, at 17 de outubro de 2008 às 12:14
"São nove anos juntos, seis de papel (que não sei ondetá, aliás) e a sorte de uma vida."
Ai, isso me fez chorar...
Muitos anos de amor pra vocês!
By Rozzana, at 17 de outubro de 2008 às 12:37
Muito Lindo!!!!!
Adorei!
Nao ha nada melhor do que viver com o amor da nossa vida.
Felicidades eterna para voces...
Hetie
By La Vita `e Troppo Strana, at 17 de outubro de 2008 às 14:17
Obrigada, todo mundo. :)
By Anônimo, at 17 de outubro de 2008 às 16:09
Lindo.
By Carrie, a Estranha, at 21 de outubro de 2008 às 23:22
:o) que história linda!
Eu casei no papel e na igreja com vestido, flor, música e bolo, sou bem feliz com meu Dedé, mas a encheção de saco e correria e esticação de cabelo e dinheiros gastos é tão grande que eu bem que queria mesmo era um casamento no cartório na frente do quadro de Jesus psicodélico e torrone, adoro torrone :o). Porque o que vale é o amor, a cumplicidade e a sorte de uma vida. Beijos pra você!
By Yara, at 22 de outubro de 2008 às 08:13
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