Estou tentando evitar pensar nesse acordo ortográfico infeliz. Pra mim, ele só vai passar a existir no momento em que meu empregador disser "a partir de hoje, tudo nas regras novas!". Só tem uma coisa que quero saber antes. O governo vai substituir meu dicionário Uais? Vai subsidiar a atualização do meu cd-rom? Quando foi lançado, sete anos atrás, o Uaisão custava entre $120 e $140 reais. Hoje, está de $250 pra cima. A versão eletrônica sai por volta de $100. Que tal? Nos últimos meros sete anos, tive que investir nas duas versões por causa do meu trabalho. Também investi num dicionário Unesp de português contemporâneo que põe o Uais muitas vezes no chinelo e que também não valerá mais nada. Esse acordo arbitrário, autoritário e desnecessário vai inutilizar minhas ferramentas de trabalho e me obrigar a pagar por novas? É isso mesmo? Não tenho direito a nada?
Estou evitando pensar, mas tem vez que espumo de ódio.
Ainda sobre: muita pena das crianças que fizeram prezinho este ano.
Estou evitando pensar, mas tem vez que espumo de ódio.
Ainda sobre: muita pena das crianças que fizeram prezinho este ano.
9 Comments:
QUERO Q TODOS OS ENVOLVIDOS VÃO TOMAR NO MEIO DO CU.
OU DO CÚ.
By Anônimo, at 30 de setembro de 2008 às 10:42
Ai, mas eu pensei TANTO em vocês dois quando li. Idiots.
By Anônimo, at 30 de setembro de 2008 às 15:09
eu posso roubar??? por favor, por favorzinho???
By Anônimo, at 30 de setembro de 2008 às 21:27
Roubar um Uais novo? :)
Se for o post, pode. Se for um Uais, muito cuidado.
By Anônimo, at 30 de setembro de 2008 às 22:06
meu filho perguntou desapontado: os pontinhos em cima do u vão acabar?
tadinho
By Anônimo, at 30 de setembro de 2008 às 23:17
e o meu velho aulete, posterior à reforma de 1971, em seis enormes e maravilhosos volumes, e que não existe mais pra vender porque algum imbecil comprou a "marca" Aulete e transformou em dicionàrio de supermercado? Hein? Faz o quê?
By Anônimo, at 1 de outubro de 2008 às 01:56
E as professorinhas das criancas que fazem prezinho, Bel? A gente ainda pode se recusar a engolir essa patacoada e continuar a escrever do mesmo jeito mas elas, coitadas, ganhando a maravilha que ganham, vao ter que correr para aprender tu-di-nho. "Nunca anteff na hifftoria deffe paiff..."
By Raquel (NY), at 1 de outubro de 2008 às 18:54
Ângela, eu também gosto dos pontinhos...
Linha, pois é. Eu devia ter ouvido Bolops e vendido o Uiasão uns meses atrás, já que agora só uso mesmo a versão eletrônica. Tsc.
Raquel, eu nem tinha pensado no imenso drama delas. É verdade. Isso é que dá mais raiva: o acordo obriga todo mundo a dar vários passos pra trás, como se a gente já não estivesse na rabeira do mundo. O brasileiro já tem tanto medo da forma que quase não produz conteúdo (por exemplo). Imagina agora, então, quanto tempo gente boa vai gastar procurando "como escrever" em vez de refletindo sobre a idéia que quer escrever.
By Anônimo, at 2 de outubro de 2008 às 10:03
Ai, Bel, também não me conformo. Coisa mais sem noção querer enfiar uma língua goela abaixo (ficou estranho isso) e negar que a cultura é propriedade do povo, não do governo.
Minha mãe está morando em Luanda. O vocabulário é completamente diferente, mal se pode chamar de português. Não será a mudança de alguns acentos que unificará a língua. Nem a comunicação.
É preci$o de$cobrir o que e$tá por trá$ desse acordo $em pé nem cabeça. Será que é coisa das editoras de dicionários?
By Ciça, at 6 de outubro de 2008 às 15:29
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