nervocalm gotas

6 de fevereiro de 2008

Eu falei 'preciso sair mais'. Ele entendeu 'preciso conhecer gente'. Assustei. Não é possível fazer a primeira coisa sem a segunda? Senão, vou ficando. Mas, aiaiai, por que assim? Tive que ver gente no carnaval. Se não tivesse ido, a culpa me matava. Fui, senti que fiz boa ação. Que que eu penso que eu sou? Shoot me. Tive também que comprar presente pra minha irmã que eu amo, mas amo muito mesmo, e como sofri. Ainda sofro. É um bloqueio horrível. Dessa vez vou culpar a mãe, vou sim, que ela dizia 'não, não quero, não me dêem presentes', sempre. Se ganhava, fazia cara de reprovação; se não ganhava, silêncio e drama. Não dava pra ser feliz. Detesto, detesto datas. Vira esse sofrimento bobo. Ainda sofro. Procurando e ouvindo todas as faixas do disco que eu dei, e adorando, mas tendo certeza de que ela vai odiar, ela vai vomitar, ela vai pensar 'que que ela tava pensando?!'. Simplesmente ridículo. Ridículo em face de tudo, das nossas vidas, da enormidade das coisas que estão acontecendo, do nosso amor, das lembranças que me vêm enquanto ouço cada uma dessas faixas que escolhi pra ela, conhecendo sem conhecer, e só porque. Só porque, Bel.

Eu preciso ser menos pequena.

5 Comments:

  • ainda bem que você não tem que comprar um presente pro eddie izzard. li que é aniversário dele hoje.

    By Blogger Rainman Raymond, at 7 de fevereiro de 2008 às 12:21  

  • Uêi! Parabéns, Eddie Izzard!

    By Anonymous Anônimo, at 7 de fevereiro de 2008 às 12:30  

  • Olha, eu tenho o mesmo sentimento quando vou comprar presente para minha mãe. Ela nunca usa, nunca tá bom, nunca serve, às vezes ela dá pros outros... Tem anos em que eu desisto. Depois bate a culpa de filha ingrata e dou atrasado. Pior ainda. We are all little people.
    :-)

    By Anonymous Anônimo, at 7 de fevereiro de 2008 às 17:16  

  • Olá

    Minha mãe também é assim. Nada do que eu compro ela gosta. E tudo o que ela acha bonito e eu vou lá compro, parece que depois não era o que ela gostava. Eu não entendo a minha mãe, acho que nunca vou entender. minha mãe nem Jung conseguiria explicar.

    Affff....

    Abraços

    Alê

    By Anonymous Anônimo, at 8 de fevereiro de 2008 às 11:00  

  • Com a minha, não era nem o caso de ela não gostar dos presentes que recebia (verbos no passado porque isso foi coisa da minha infância). O problema é que "não me dêem nada" era uma armadilha. Era pra dar, lógico. Era da boca pra fora, como descobrimos um dia, ao respeitar o pedido. Ela queria ganhar, sim, mas quando vinham os presentes, tinha que manter a pose de contrariada. Ela "não queria nada", afinal de contas.

    Damned if you do, damned if you don't. Com presente: muchocho. Sem presente: muchocho. Ou seja em suma finalmente enfim: associei presente a muchocho, pelo visto.

    Má, 'brigada pelo "we're all". Palavras de conforto.

    By Anonymous Anônimo, at 8 de fevereiro de 2008 às 22:26  

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