figuras vizinhas ao longo dos anos
os irmãos elefantes . o apartamento vizinho vivia vazio, mas vez em quando a família ia passar dias lá. os irmãos adolescentes brigavam e brigavam e, quando então, pisavam forte feito elefantes, fazendo o chão tremer. acho que raiva fortalece.
a bruxa grila . síndica do prédio vizinho que um dia decidiu instalar um alarme pripripripripri de grilo infernal na garagem. não ouviu a razão nem o abaixo-assinado. teve que ser derrotada no tribunal. perdeu sem descer do pedestal, como boa síndica de prédio um-apartamento-por-andar que era. barulho, pra ela, era status.
o homem do porra . pooorra!, ele gritava repetidamente, em diferentes combinações de altura e ritmo. porra! porra! poooorra!, saído do fundo do peito. era um louco de rua, na certa. mas a rua era mesmo da porra.
a república esquizofrênica . uma ouve breganejo, outra ouve bate-estaca. às vezes tem uma terceira e talvez uma quarta, não sei quantas moram de fato. pela parede fina, sem fazer esforço, fiquei sabendo que uma é taís, outra é carol. e que alguém odeia a carol.
o assoviador compulsivo . passa o dia fazendo fiu-fiiiuuu, do tipo que se faz pras gostosas na rua. mas a menos que a minha seja a rua mundial das gostosas, acho que o fiu-fiu é só prática, e é muita a esperança do cara.
os irmãos elefantes . o apartamento vizinho vivia vazio, mas vez em quando a família ia passar dias lá. os irmãos adolescentes brigavam e brigavam e, quando então, pisavam forte feito elefantes, fazendo o chão tremer. acho que raiva fortalece.
a bruxa grila . síndica do prédio vizinho que um dia decidiu instalar um alarme pripripripripri de grilo infernal na garagem. não ouviu a razão nem o abaixo-assinado. teve que ser derrotada no tribunal. perdeu sem descer do pedestal, como boa síndica de prédio um-apartamento-por-andar que era. barulho, pra ela, era status.
o homem do porra . pooorra!, ele gritava repetidamente, em diferentes combinações de altura e ritmo. porra! porra! poooorra!, saído do fundo do peito. era um louco de rua, na certa. mas a rua era mesmo da porra.
a república esquizofrênica . uma ouve breganejo, outra ouve bate-estaca. às vezes tem uma terceira e talvez uma quarta, não sei quantas moram de fato. pela parede fina, sem fazer esforço, fiquei sabendo que uma é taís, outra é carol. e que alguém odeia a carol.
o assoviador compulsivo . passa o dia fazendo fiu-fiiiuuu, do tipo que se faz pras gostosas na rua. mas a menos que a minha seja a rua mundial das gostosas, acho que o fiu-fiu é só prática, e é muita a esperança do cara.
7 Comments:
Seriam uma enciclopédia os meus casos em mais de 30 anos de apartamento. Vê esse: vizinhos no apartamento de cima, recém-casados e cheios de energia!
Vinte anos depois, no mesmo apartamento, a mocinha encontrou um touro indomável, que, digamos asim, bombava em estéreo. Móveis arrastados, cama batendo no piso, tombos! Nem sei como tinham coragem de aparecer no corredor no dia seguinte.
E os vizinhos de baixo, que jogavam futebol a partir da meia noite?
Música? Nem vou dizer nada!
Garota de sorte, você!
By Anônimo, at 22 de janeiro de 2008 às 15:43
no último apartamento onde morei tinha uma bola de madeira fantasma no apartamento de cima. lá pelas 11:30, meia noite a gente ouvia a bola cair e quicar plocplocploploploc e rolar trrruuuuummmm.
agora moro em casa. tem o pigarro da portuguesa má que mata coelhinhos.
By Unknown, at 22 de janeiro de 2008 às 23:14
É cada figura, não?
Mas matar coelhinhos? o_O!
(é pra comer?)
By Anônimo, at 23 de janeiro de 2008 às 18:20
é pra comer sim. é horrível. a outra vizinha contou que ela falava para o marido segurar mais forte as perninhas e bater com mais força na cabeça. ai ai. tem um açougue na esquina, pra que isso? daqui só ouço a bruxa pigarrear o tempo todo.
By Unknown, at 24 de janeiro de 2008 às 20:43
Eu também moro em prédio.
No apartamento de cima também há uma bolsa misteriosa que faz plocplocplocploc nos horários mais estranhos.
Mas, o vizinho da frente vence: ele bate a porta com tanta força que me sinto fazendo parte do filme O Iluminado, é como se o Jack Nicholson a qualquer hora, com aquele olhar, fosse abrir a porta de casa, não sei porque.
E já forçaram a porta da minha casa em plena madrugada: era o vizinho debaixo que errou o andar depois e uma noitada e a mãe sempre deixa a porta encostada quando ele sai.
Nem preciso comentar o grito que dei né?
Abraços
Alessandra
By Anônimo, at 29 de janeiro de 2008 às 15:07
nossa Alê, será que é a mesma bola???
By Unknown, at 29 de janeiro de 2008 às 22:15
Olha sei não viu, pode até ser que seja, porque essas bolas fantasmas aprontam cada uma.
Mas, essas dos coelhos Leila, nossa eu fiquei pensando e nem sei o que comentar.
Eu conheço uma senhora que cria gansos em casa, mas ela não os mata.
Ela os tem para proteger a casa.
Beijos
Alê
By Anônimo, at 30 de janeiro de 2008 às 10:34
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