nervocalm gotas

8 de abril de 2007

críticas rabugentas
e o auge da minha verborragia


E ontem foi a vez do Elizabethtown na tv. Pessoas surpreendentes, divertidas, fascinantes, encantadoras, cuti-cuti, se apaixonando. Tão livres, varam a noite conversando no telefone, vão ver o sol nascer, correm descalças pelo cemitério, riem e dançam no meio do nada... Acho que vou explodir de tanto amor e felicidaaaaade! Estava até um bom guilty pleasure pruma noite calma debaixo das cobertas.

Aí, dá uma hora e quarenta de filme e o autor percebe: "Putz, caras! Ainda tem tanta música super legal que eu quero mostrar no filme! E umas sacadas que eu tenho, sabe?, super legais sobre a vida e tal. Vou ter que correr com isso, caras." E em vez de fazer um blog, o autor faz o casal meio que romper por razões que só em Twilight Zone se entende, e a menina-fascinante monta, do dia pra noite, um álbum com roteiro de viagem comentado, ilustrado, cronometrado, com trilha sonora completa pro menino-aprendiz-de-fascinante sair pela estrada e enxergar a verdadeira fascinância da vida. Dá-lhe vinte minutos de playlist e posts disfarçados de filme.

Estou velha. Fantasias adolescentes me aborrecem. Personagens femininas cuja única função é iluminar a tela com sua irretocável fascinância me irritam. Eu detestei Almost Famous por causa disso. Tudo que ficou pra mim foi a fulana entrando em cena pra abrir sorrisos angelicais emoldurados pela aura de luz de seus cachinhos dourados.

É informação demais sobre o autor, gente. Dispenso.


Ah, mas filmes ruins rendem grandes momentos no Rotten Tomatoes. Agradeço ao Elizabethtown pelas risadas deste domingo.

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