sinal de que a doença mental
já se instalou de vez
Desejar que religuem a serra que fazia brzzzzzz agora há pouco na rua pra encobrir o pipipipi da garagem do prédio em frente, que está disparado há mais de dez minutos. E durante todo o tempo, o mantra na cabeça: não estou ouvindo nada, não estou ouvindo nada, não, não estou ouvindo nada. Pensa em borboletas, pensa em coelhinhos. E a pulsação só aumentando.
E eis que meu blog é todo sobre barulhos e nervos.
update: Você enfim se enche e resolve descer lá, com adrenalina suficiente pra pular em cima e esganar o primeiro que te der uma atravessada. Mas, alas, alguém manda fechar o portão justo quando você entra no elevador. O alarme pára no segundo em que você põe o pé pra fora. Você atravessa a rua mesmo assim pra reclamar. Não vê ninguém. Vai pisando firme até a porta da frente e interfona o zelador. O zelador nunca está. Volta pra garagem e avalia o dispositivo de alarme, com cara de ódio, pra ver que fios daquela joça você teria que cortar. Tem uma câmera na sua cara. Alicates zanzam pela sua cabeça. Alicates e fios, alicates e dedos, alicates e sangue. Você quer cometer vizinhocídio, bairrocídio, patriocídio, deletar tudo. Mas volta pra casa e tenta se acalmar. Senta e se acalma. Calma.
Próximo ataque previsto para acontecer em menos de 10 horas.
update 2: O próximo ataque aconteceu menos de 2 horas depois, quando o alarme voltou a disparar. Desci de novo. Interfonei o zelador de novo. O zelador não estava de novo. Interfonei um monte de apartamentos ao mesmo tempo. Ninguém "podia" descer pra fechar. Descobri que o bicho tinha um switch. Peguei meu guarda-chuva, porque o troço é alto, e consegui desligar o som. Me senti muito bem e vingada por uns três minutos. Acho que vou ter que descer lá com meu guarda-chuva muitas e muitas vezes ainda. E guarda-chuva também é arma, vocês sabem.
já se instalou de vez
Desejar que religuem a serra que fazia brzzzzzz agora há pouco na rua pra encobrir o pipipipi da garagem do prédio em frente, que está disparado há mais de dez minutos. E durante todo o tempo, o mantra na cabeça: não estou ouvindo nada, não estou ouvindo nada, não, não estou ouvindo nada. Pensa em borboletas, pensa em coelhinhos. E a pulsação só aumentando.
E eis que meu blog é todo sobre barulhos e nervos.
update: Você enfim se enche e resolve descer lá, com adrenalina suficiente pra pular em cima e esganar o primeiro que te der uma atravessada. Mas, alas, alguém manda fechar o portão justo quando você entra no elevador. O alarme pára no segundo em que você põe o pé pra fora. Você atravessa a rua mesmo assim pra reclamar. Não vê ninguém. Vai pisando firme até a porta da frente e interfona o zelador. O zelador nunca está. Volta pra garagem e avalia o dispositivo de alarme, com cara de ódio, pra ver que fios daquela joça você teria que cortar. Tem uma câmera na sua cara. Alicates zanzam pela sua cabeça. Alicates e fios, alicates e dedos, alicates e sangue. Você quer cometer vizinhocídio, bairrocídio, patriocídio, deletar tudo. Mas volta pra casa e tenta se acalmar. Senta e se acalma. Calma.
Próximo ataque previsto para acontecer em menos de 10 horas.
update 2: O próximo ataque aconteceu menos de 2 horas depois, quando o alarme voltou a disparar. Desci de novo. Interfonei o zelador de novo. O zelador não estava de novo. Interfonei um monte de apartamentos ao mesmo tempo. Ninguém "podia" descer pra fechar. Descobri que o bicho tinha um switch. Peguei meu guarda-chuva, porque o troço é alto, e consegui desligar o som. Me senti muito bem e vingada por uns três minutos. Acho que vou ter que descer lá com meu guarda-chuva muitas e muitas vezes ainda. E guarda-chuva também é arma, vocês sabem.
2 Comments:
Gente do céu... vc mora na comandante rubens silva?? porque hoje quase surtei com o merda da sineta do prédio em frente...
ah sim, muito prazer, Bia do rio de janeiro
Adorei seus escritos
By Anônimo, at 12 de fevereiro de 2007 às 21:36
Oi, Bia. Eu moro em São Paulo, e acho que está na hora de organizar um movimento nacional contra alarmes em geral. Tem que ser com táticas de guerrilha, porque apelar pro bom senso, eu aprendi, não funciona.
By Anônimo, at 13 de fevereiro de 2007 às 09:41
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