nervocalm gotas

30 de março de 2011

uma fofurinha

Começou na casa dos meus pais, que moram num lugar de flora e fauna. Num besouro aqui, uma lagarta ali, um anelídeo acolá (terminologia do meu pai), a sobrinha aprendeu a gostar de pegar os bichos numa folha e devolver pra natureza. Todo bicho que entra na casa, a gente devolve pra natureza. Até quando está morto. Devolve pra natureza!

A tia aqui faz esforço pra não demonstrar medo nem nojo de inseto, porque foi uma criança fresca e não deseja essa vida pra sobrinha, mas já confessou que tem "agonia" de barata. "Não faz sentido, né?, sobrinha, porque barata não faz nada! Mas, ó, eu tenho agonia. Eu tenho fobia de barata."

A sobrinha tem um humor maroto, pra não dizer um pouco sádico, e adora fantasiar. Outro dia, me chegou com cara de quem está inventando história: "Bel! Apareceu uma barata no seu quarto!" Eu entrei no teatro: "Ai, não! Não quero! Manda ela embora!" Sobrinha me estendeu a mão: "Calma, Bel. É só uma barata. Vem. A gente pega uma folha e devolve ela pro ralo."

:)

E todo momento com ela é assim.

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